Infinito
 
   Geralmente não perderia tempo anotando certas coisas, mas, estas não são tão certas assim. Tudo se passa em um ponto de interferência, como se minha mente estivesse presa a um só pensamento.
   Claro que isto é apenas uma ilusão, contudo, é preciso analisar os fatos. Como se as pessoas pudessem ler suas ideias, seus segredos escondidos nos mais obscuros cantos da mente. Quando quer-se esconder algo, não se deve entregar o ouro assim...

   Mas o que seria exatamente isso? Uma reflexão? É complicado tentar explicar tal coisa, assim como querer explicar as coisas que você não pode ver do lado de fora. Estamos numa viagem onde eu vejo cores e você a chuva, e insistes em dizer que sou um pouco fora do normal.
   Pois bem, descobri os seus segredos, descobri o que lhe faz sorrir. Mas sei que você não descobriu nada sobre mim, ficou presa a incertezas e pensamentos sem um censo conclusivo. Vou lhe dizer quem sou, mas espero que não faças borbulho.
   Pensar assim me deixa um pouco confuso, mas é óbvio que tenho de concordar com isso, digo que posso ser infinito, na forma de ver o mundo, quê mundo? Este, este que somente eu posso ver. Onde eu irei sorrir, chorar, contar, gritar, viajar, criar, sonhar, imaginar, viver e morrer.


 
 
Sou o infinito de olhares
O detentor de lugares
Criador de prazeres
Ditador dos deveres
 
             Sou o senhor soberano           
Mestre sobre o piano
Eterno caçador
Livre compositor
 
Sou infinito.
 
 

 

 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 01/11/2016
Reeditado em 04/12/2016
Código do texto: T5810184
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