QUANDO A TARDE É MORNA
QUANDO A TARDE É MORNA
Quando a tarde é morna...
O vento vem com a lua a despontar nos montes
A lembrar risonho dos arroubos e dos anseios
Todos passantes como um baile passado.
A sonoridade dos versos é o cantar dos pássaros livres.
É o amor maduro como um verão repleto de bem-me-queres
Ou o juntar-se de aves na copa do cajueiro florido
Quando a tarde é morna e a brisa embranquece os cabelos.
O amor talhado e lapidado entre topadas e acertos.
Em convivência sadia e na experiência do saber fazer-se
Ao toque macio dos corpos que se buscam,
Nos prazeres escolhidos ao longo do tempo.
Amar-te é dar sentido a toda uma vivencia
Como a querer significância no aqui e agora.
Ou o equilíbrio entre duas colunas a marcar o tempo.
Arthur Ghuma