Um pênis ou uma vagina realmente importam? #VisibilidadeTrans

Hoje, dia 29 de janeiro, é o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A importância de um dia como hoje é clara quando vemos os casos absurdos de travestis e transsexuais sendo mortos pelo Brasil afora, que por acaso está entre os países mais LGBT+fóbicos do mundo. Como já disse em outro texto, a ignorância só pode ser combatida com informação, e informações não faltam para desconstruir a ideia errada que a sociedade tem sobre a população trans.

A primeira coisa a ser esclarecida é que NINGUÉM escolhe ser trans. Na verdade ninguém escolhe ser LGBT+, mas isso ainda é assunto para outro texto. Hoje o dia é do trans, que sem sombra de dúvida é a letra que mais sofre dentro dos LGBT+. Na minha opinião, ser trans é a forma máxima de expressão de quem você é e de que você busca a sua felicidade, pois com certeza não deve ser fácil abraçar uma nova identidade que vai ser criticada e agredida por toda a sociedade.

Os travestis e transsexuais são um dos grupos sociais mais discriminados, com alto índice de prostituição, baixo índice de profissionais no mercado e muito menos no universo acadêmico. O que justifica isso? Preconceito. O fluxo é simples: Travestis e transsexuais são excluídos e agredidos, não têm oportunidade nem estrutura psicológica e social para ingressar no ensino superior, sofrem discriminação no ambiente de trabalho e só lhes restam a prostituição. Essa que é bancada por aqueles que durante o dia os discriminam mas à noite vão dar uma rapidinha.

Mas o que leva as pessoas a terem preconceito contra travestis e transsexuais? Medo do desconhecido. E por isso é importante que a existência dos trans seja divulgada, para dar conhecimento à população que pode fazer a diferença na vida de um trans. Porque uma pessoa trans, antes de ser trans, é um ser humano. Realmente te importa o que a pessoa tem entre as pernas? Se isso importa, se isso é um problema, então quem tem um problema é você.

Tente imaginar a dificuldade que é para uma criança ser classificada como um gênero mas não se sentir parte daquilo, se sentir desconfortável no próprio corpo. Como deve ser difícil crescer enfrentando o preconceito e a ignorância alheia. Então, quando ver um travesti ou um transsexual e for julgá-lo(a), pare e tem imaginar tudo que aquela pessoa passou em sua vida e se ela merece seu amor e compreensão ou seu ódio e ignorância.

Se você tem dúvidas sobre o assunto, hoje é o dia de saná-las. Diversos canais no YouTube estão postando vídeos entrevistando pessoas travestis e transsexuais e discutindo diversos temas dentro deste universo. Eu particularmente recomendo o canal da Mandy, uma moça trans que aborda com muito humor diversos assuntos, dos mais superficiais aos mais sérios, sobre o que é ser trans. Aqui segue um link para um de seus vídeos: https://youtu.be/K1eL455yufw.

E o recado final é simples: Ame mais, pois se houvesse mais amor no mundo, este texto nem precisaria ser escrito.

P.S.: Antes de surgirem dúvidas, eu não sou trans, mas simpatizo demais pela causa e por qualquer grupo que sofra preconceito apenas por tentar ser feliz.

Guerreiro Curado por Deus
Enviado por Guerreiro Curado por Deus em 29/01/2017
Reeditado em 29/01/2017
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