Minha querida Vò!

Nesse momento tão singelo, distante e triste, procuro em meus pensamentos instantes que me rementem a presença ausência da sua mente! Onde que por fim está, se não em mim? Minhas recordações que não aceitam o fim!

Vó que tanto te chamei assim! Espero que volte de dentro de ti. Reconheça minha face diante de ti!

Lembranças de quando era pequena, com alma que só merecia poema, me ensinou a estudar e a cada cantinho do coração explorar!

Mulher gigante, que encontrou vidas em outras esferas, e de longe trouxe suas perolas!

Ajudou a quem a quis e não julgou o ruim! Superou sua dor e guerreou por um sim.

Minha querida vó, onde quer que tu fores, volte logo aqui, não é hora do fim. Apenas desperte desse sonho do fim.

Não tem medo da morte, passeou por entre os distantes, mas não deixe-me agora, ainda estamos aqui!

Com amor eu suplico, durma um sono tranquilo, sonhe com margaridas e pedras que enfeitam jardim!

Dedicada a minha Avó Ignês Firmida Rombesso

Emília Rombesso
Enviado por Emília Rombesso em 03/04/2017
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