Ironico e sarcastico

Deixe um suspiro debaixo do meu travesseiro

E vá para bem longe de mim

O horizonte se inicia aqui, na minha janela

Eu não vou te cobrar nada

Pode bater a porta, sair aos gritos por aí

Dizendo que me odeia

Seu ódio é como seu amor, selvagem...

Vai acabar voltando pros meus braços

Seu amor é como seu ódio, previsível

Não me toque mais, se afaste desse corpo

Que sente os desejos a flor da pele

Eu vou fugir, lutar, me esconder.

Mas vou chorar, e bater a sua porta, molhada pela chuva, pela madrugada.

Me entregar a esse desejo, que deseja seu corpo, que deseja você

Não vá se arrepender, já é tarde demais...

Eu nunca vou te cobrar nada

Me odeie pelo resto de sua vida

Mas me ame toda vez que o desejo chegar até seu corpo

Você é um selvagem, e não quero te prender

Sou difícil, orgulho também dói

E você está de novo me beijando

Não quero mais dizer, que tudo terminou

Mas você é que me força

O meu ódio por você é corpo que arde em pleno vento frio

É brasa que não se apaga

Mas você me busca, reluta e me quer

Sorri, irônico e sarcástico, bater a porta para gritar meu nome

O que adianta se corresse, se o que mais quero é me entregar...

Nathalya Etchebehere
Enviado por Nathalya Etchebehere em 07/08/2007
Código do texto: T596612
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