Definir o que não se define

Eu amo uma mulher. E é impossível descreve-la pois quem ama é muito platônico, mas serei fiel a cada uma de suas características. Ela tem olhos castanhos de ressaca, tão serenos quanto uma tarde de feriado chuvosa, um sorriso perfeito devido há quase 5 anos de aparelho ortodôntico, uma pele de cheiro de outro mundo, cheia de mini sardas e marcas de tinta feita pelo mão de um tatuador, uma frase,, uma estrela, palavras de caligrafia ruim e agora uma data. A DATA. Nossa data de aniversario com um coração ao lado, bem ali, no seu quadril. Eu me sentia como uma criança quando ganha algo magico e não sabe como brincar, eu me sentia sua mesmo aquela tatuagem não estando na minha pele. Era um pedaço meu ali e me sentia uma garota de sorte. Eu sei que pode parecer paranoico para alguns, mas era lindo e eu queria chorar e dizer que você é linda, por que você é mesmo sabe? Eu sempre achei que viver sozinho era bom, dai você veio e ficou ali, como alguém que aperta sua mão quando você sente dor, me fez esquecer do mundo. As pessoas tentam de toda forma definir o amor, e eu te perguntei uma vez se você achava que amor é quando alguém deita no seu ombro e depois de um tempo você sente aquela dorzinha, porem deixa a pessoa ali porque é confortável para ambos e você confirmou, mas meu bem eu não sei dizer o que é o amor, mas sei que não há dorzinha incômoda aqui em mim, e talvez eu tenha sido presentada pelos céus por isso. E eu sou uma escritora ruim, e sei que um dia vou morrer e quero que isso mesmo de forma mais ou menos fique escrito em algum lugar do mundo, que alguém leia e nunca morra comigo ou com você.