CONTINUO, MAS LENTO,...DEVAGAR.

Há muitos anos, me disseram quando uma pessoa tem trabalhar com espiritismo, um espírito dela se aproxima e segundo o modo com espírito atue a pessoa será situada num culto específico.

Quando fui avisado, por um espírito chamado Zé Coquinho, que teria que levantar bangalô, respondi que não teria como, pois não tinha dinheiro. Bem, dias se passaram e um espírito chamado Bela da Báia reapareceu e tratando com outros virou o tempo e desmaiei.

Do despertar do desmaio, ainda, sozinho e nú ao chão, indaguei sobre meu futuro, afinal não comia há dois ou três, e me responderam: “Continue”, e assim venho fazendo desde que assumi a nem sempre respeitada vocação de dirigir um terreiro, em meio ao que, até amigos, amigas, e hoje, parentes, se afastaram.

Hoje, atuando com Sr Virgulino, e Sr Ferré ( outrora Sr Marôla ), tenho casa para residir e trabalhar gratuitamente, com água, energia elétrica e internet subsidiadas por vizinhas, mas não sei até quando, afinal meu corpo já não responde mais a alguns esforços cotidianos, e o mundo está, confesso, cansativo,...e por vezes, um pouco demais. Assim sendo, a fim de não deixar de cumprir meu papel, ainda opto por continuar, mas em ritmo lento, se puder e Deus assim permitir.