A Carta que Você não leu
 
Olá... 
Como vai você?...
Sobre mim?... Ah, quero que saiba que estou bem... Às vezes tenho a sensação de que sou "inquebrável", alguém imbatível, cuja felicidade ninguém haverá de destruir. Embora, cá entre nós,  sei que você conhece esse coração que, vez por outra resolve desmanchar-se em cacos. E... somente lembrando: quantas vezes você ajudou-o a recompor-se! Mas, ainda que teu esquecimento machuque, eu estou caminhando bem, tocando meus novos projetos, trabalho e estudo, feliz e fazendo felizes outras pessoas.
 
Sabe, depois daquele dia eu continuei visitando o mesmo bosque onde algumas vezes, casualmente nos encontramos. Outro dia até ousei colher alguns botões de rosas no jardim da praça. Sim, botões, porque ainda não haviam desabrochado (as rosas). Com certa tristeza, coloquei-os no vaso, o mesmo que outro dia você fez questão de substituir as flores de jasmim, do dia anterior,  por rosas brancas e vermelhas. Ah, era meu aniversário, lembra?

Após teu regresso, apesar de eu não acreditar que seja definitivo, não restou-me outra forma de comunicação a não ser esta.


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Talvez você nunca lerá esta Carta...  No entanto, é possível que eu mude de ideia, por entender que esse distanciamento além de ser uma opção sua e  um direito seu, seja também algo que te faça bem, embora eu não compreenda.

Desejo de todo coração que você esteja em paz e tão feliz quanto eu! Que seus projetos e anseios estejam indo muito bem, e que você alcance as melhores realizações!
Se um dia nos veremos? somente o tempo dirá.
Um beijo grande!


Saudades!!
Ass. 
A amiga que você não conheceu.



 
Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 07/08/2017
Reeditado em 01/08/2019
Código do texto: T6077076
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