CARTA AO PAPAI NOEL.

Querido Papai Noel,

que mora lá nas estrelas.

Peço trazer neste natal

umas lembranças singelas,

para eu presentear

umas pessoinhas queridas.

Das vilas e das favelas,

que são partes da minha vida

Não quero muito para mim,

acho que nem preciso.

Se não for possível, me acene,

mande-me um sinal ou um aviso.

Para as crianças pequenas,

um parque de diversão,

carrossel, montanha russa,

pipoca e doce algodão.

Brinquedos, um pula-pula,

uma piscina bem grande,

cheia de bolinhas

verdes, amarelas, azuis;

para meu pequeno Arthur ,

traga também uma cela,

confeccionada em ouro,

com cinto de segurança e fivela.

Pra montar no seu tesouro,

um pequeno corcel branco

que ele chama de Gigante!

Para Manuela uma mochila

levar os livros da escola,.

Não deixe de colocar junto

uma bolsinha cor de rosa,

que é pra ela carregar o

“tablete” e seu “smarthfone”.

Além da boneca “Baby Alive”

que sabe até dizer o nome.

Para o Antônio, um carrinho

que tenha controle remoto.

Ele é o pequenininho,

só sabe falar “mamã”,

de preferência se for

com rodinhas de rolimã.

O motor pode até ser

daqueles da Fórmula 1.

Para as pessoas grandes,

um manual de instrução,

para ler a cada segundo,

de como evitar as guerras,

desemprego e destruição.

Um robô que desative

a maior arma em ação,

que no século 21,

ameaça a humanidade.

Que é a falta de amor,

respeito e fraternidade.

Caro Papai Noel,

posso fazer mais um pedido?

Veja se não faz sentido,

quase ia me esquecendo,

de uma pessoa especial,

minha querida mamãe...

Será que no trenó

tem espaço para o seu presente?

Foi ela quem me criou,

e hoje está bem doente.

Eu quero presenteá-la

com uma pílula milagrosa

do laboratório do céu.

Pra tomar em dose única,

pois ela nunca adoeceu.

Livrar-lhe das dores que sente,

eu não quero vê-la partir!

Isso que digo é um apelo,

e que fique só entre nós.

Preciso deitar no seu colo

e escutar a sua voz;

afagar os seus cabelos,

beijar-lhe a fronte,

ouvir os seus conselhos.

Contemplar seu olhar de frente.

E quando nada mais restar,

Quero vê-la adormecer e voar,

sentindo que a vida foi bela!

Já que me ouviste com atenção,

nesta hora quero que ouça

minha última solicitação.

Não busco riqueza, nem nada,

só desejo saber onde eu possa

construir minha morada!

Uma pequenina palhoça,

feita aos pés de uma colina,

Com uma cascata bem alta,

em forma de uma cortina,

que mais pareça um véu.

Que fique lá naqueles montes

ali na linha do horizonte,

no seu encontro com o céu

e lá viver como espero,

ao lado de um amor sincero,

cantando canções de ninar.

É só... viu, Papai Noel!

Até o próximo natal.

Assinado.... Eu.

AGOOLIVEIRA
Enviado por AGOOLIVEIRA em 20/08/2017
Reeditado em 06/12/2018
Código do texto: T6089190
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