Para o futuro, mas que não seja entregue.

Eu tive que partir. Não por vontade, nem por orgulho, vaidade ou pressa. Talvez por medo de viver sem ti. Eu tive que fugir. Fugir da dor, do caos, do frio inverno dentro de mim.

Desculpe-me pela insensatez, pelo egoísmo, por nutrir tanto sentimento ou talvez por não saber construir uma muralha protetora, algum campo de força que me fizesse resistir com heroísmo. Sou fraca, frágil, incapaz, solúvel às lágrimas de dor, de saudade... Sou nada.

Eu não suportei a dor, eram tantas as lembranças, eram tantos dolorosos sorrisos, abraços, olhares, cheiros, toques, palavras e canções... Como conviver com isso? Como viver sem isso???

Desculpe-me... Eu fugi.

Segui um caminho sem volta. Não, não usei nenhuma droga que anestesiasse os meus sentidos... Eu queria estar contigo e não somente nas lembranças, eu queria ser novamente aquela tua criança, somente para em teus braços me esquentar e sentir você me ninar ao mesmo tempo em que enxugava minhas lágrimas, me fazendo de "pacotinho", me dando tanto carinho... Como mais ninguém poderia dar.

Desculpe eu não aguentar, fugi. Fugi correndo pros teus braços... Me perdi no caminho... Pede pra Deus... Vem me buscar!

Não sei viver sem ti.

( *Apavorada* Catastrofizando JP 21/10/17)

Iamma Mayura Gadelha
Enviado por Iamma Mayura Gadelha em 22/10/2017
Reeditado em 22/10/2017
Código do texto: T6149488
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