O vazio da partida
Mais um ano aproxima-se do fim. Mas um ano...
Pode ser só mais um para muitos.
Para mim, para nós foi "O" ano.
Sento e observo a correria frenética para as compras de Natal e para o meu coração o tempo parou, se não, está escoando de uma forma muito lenta.
Minha casa sempre tão barulhenta, intensa e alegre...
Hoje somos somente eu e o pequeno.
Ouvimos a respiração um do outro...
Não temos mais vontade de ser e fazer aquele barulho, aquela festa.
Nossos corações não deixaram de transbordar amor, carinho e intensidade pelo nosso amado, pai e esposo, que agora participa do mundo dos espíritos; agora temos também que lidar com a saudade física...
Neste ano conhecemos e convivemos com pessoas com o coração do tamanho mundo, que transbordam amor, carinho, zelo...
Que nos colocaram acima de suas prioridades pessoais nos momentos de maior fragilidade nossa. A esses temos a honra da chama-los de Amigos outros ainda de Familiares.
Mas conhecemos também o outro lado, aquele que é sombrio. Conhecemos o fel, a amargura, a calúnia, o desprezo, o verbo mal utilizado por pessoas de coração amargo e descrentes de Deus...
Como disse Jesus, o que sai da boca também faz mal, pois mostra do que o coração está cheio.
Quiçá a lei de Deus tenha misericórdia dessas almas perdidas e absortos em suas próprias inverdades, em suas realidades paralelas desvirtuadas.
Nós seguramos na mão de Deus e este nos fortalece, nos dá coragem e inspira resiliência. Pois Deus acolhe com carinho os seus filhos amados que mesmo na dor jamais esmoreceram, não blasfemaram contra a fé e não jogaram ao vento falácias contra outrem.
Somos herdeiros do universo, pois somos filhos do Criador.