E Se?

E se eu não te encontrasse mais?

E se eu parasse de dizer que te amo?

E se eu não olhasse mais em teus olhos?

E se eu evitasse seus carinhos?

E se, ao invés de segurar sua mão, eu tivesse que segurar minhas lagrimas?

E se, ao invés de meu coração se acelerar ao te ver, ele parasse de bater?

E se eu não sentisse mais sua falta?

E se eu me acostumasse com sua ausência?

E se a distancia não me incomodasse mais?

E se eu me contentasse com tua amizade?

E se, ao invés de contar as horas pra te ver, eu contasse os sorrisos falsos que tive que lhe oferecer?

Tenho medo de que essas perguntas sejam, um dia, respondidas.

Mas outras perguntas ainda me confortam.

E se, você tivesse coragem de me amar?

E se você achasse que vale a pena?

E se você mudasse seu conceito sobre tudo?

E se você deixasse eu te fazer feliz?

Ah, como me laceram essas duvidas.

Acabe com isso, por favor.

Apenas, responda uma pergunta.

Sua resposta poderá fazer com que todos os meus receios se esvaiam, ou, ao menos, me deixará menos confuso.

Sê sincera.

-E se eu dissesse que, estou mesmo, te amando?

Ficou feliz?

Empalideceu?

Entristeceu?

Será que seu coração também se acelerou?

Será que sua barriga ficou mais gelada?

Será que as lagrimas banharam seu rosto?

Ou você apenas sentiu pena?

Teve vontade de rir, de me dar um abraço, e de dizer que eu confundi as coisas.

E, da forma mais discreta possível, você irá sumir de minha vida, me deixando com a sensação de que nunca existiu.

Diga-me.

Se eu chorar, de alegria, ou de tristeza, as lagrimas sairão dos mesmos olhos, e virão do mesmo coração.

Apenas, me diga, de verdade, o que sente.

Só assim, eu saberei se, o amor que carrego é, ainda, uma dádiva, ou se ele é, a maior de minhas maldições.