se eu morrer

se eu morrer, apenas naturalize.

Parece loucura, parece cinismo. Mas é só ação do natural. Vejo de fora, saio do corpo, tiro as vestes da ilusão, e por um momento passo a ver, os sentidos exacerbados, as emoções humanas os levando aos fanatismos, emoção mal pensada, falta de raciocínio lógico natural. se alimentam de sensações que não compreendem as razões. Parece loucura, parece cinismo, mas é só ação do natural. Os fins sempre parecem caóticos, mas esquecemos que tudo morre o tempo todo, e tudo nasce. É esquecido o nosso poder, é esquecido o silencio da mente, o escutar dos pássaros. Parece romântico, pode até parecer poesia, mas os pássaros nos contam os segredos do universo, pelo simples fato de que; o escutar exige presença e o silencio interno. A ação do natural. Quem sabe aqui eu não queira estar falando de Deus, O natural.

Falo de camadas grossas de crostas encobrindo nossas mentes. Alimentamos redes com nossas mentes (conscientes e/ou inconscientes). E pode ser ai que criemos tantas realidades diversas, distintas, paradoxais.

O que fazer diante do que sentimos? (Paro respiro observo aceito o natural) o natural é sermos como somos, assim burros, assim ignorantes, assim imaturos, assim na selvageria do ataque e da defesa, assim obedecendo instintos. E é normal também irmos ampliando nossa consciência rumo ao que é real, esse real que impulsiona a evolução, que é o que de há de mais natural...

Talvez sempre possamos ser melhores, por isso, nunca somos.

Que o natural me conceba a licença poética pra falar da guerra, da aparente morte da terra, essa casa, esse presente de poder sentir e descobrir a inteligência universal que tudo rege. Não prego, mas não calo. Não é crença, pois ainda não há nome nem definição. É só o natural que guarda a natureza. Talvez o canto dos pássaros tenham feito ali seus ninhos.

Aqui, um registro em códigos verbais, numa recente era digital, por vezes mal usada, mal pensada. Alimentando idéias e criando egrégoras (formas-pensamento).

Aqui uma carta da loucura.

Quando os zumbis acordam, o que posso eu fazer...? ouvir o canto dos pássaros?!

Parece inocente demais, passivo demais, romântico demais!

Mas são eles que guardam os segredos, os quais aqui eu não posso revelar, não que eu os tenha, Mas já ouvi dizer que quem não os ouvem, também não os vê, e assim tão logo é esquecido...

não sei vocês, mas eu ouço as águas chorar...

Lírio Gita
Enviado por Lírio Gita em 24/01/2019
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