À minha amante

Na mesmice da manhã, no fastio da tarde, encontro ânimo na taciturnidade da noite. Ela chama-me como se conhecesse os mais recônditos lugares de minha alma. Seduz-me com sua dialética perfeita, suas curvas voluptuosas, seu olhar lúgubre. Entrego-me a ela de corpo e alma, com todo o enlevo do momento o gozo não tarda a chegar. Um encontro breve, mas profundo, que produz os mais amargos frutos.