Carta ao Amor

Como a ti,

sou atemporal e nômade

Não tenho tempo cronológico, mas também tenho nome

Sou abstrato e subjetivo

De atitudes irracionais por vezes

Mas de intenções reais em meio a tantos ais

Eu te procuro, Amor, e o encontro e perco numa antítese paradoxal

Vezes maduro, vezes inseguro

Vezes promíscuo, vezes ideal

E eu vejo suas faces,

A que expressa dor e a que o torna essencial

Deixe eu me apresentar, e me desnudar nesse ensejo

Eu me chamo Desejo

Não tenho amarras e nem sempre calculo riscos

Sou intenso e sempre te persigo

Em instantes sem temor

Sem medo e sem pudor

E assim que te acho

Enfim me encaixo

Nos teus labirintos e espaços,

De leveza e pavor

E escravo me fazes, pois

Me prendes e salva - me,

Vossa Majestade, Amor

Pripaulista
Enviado por Pripaulista em 25/08/2019
Reeditado em 25/08/2019
Código do texto: T6729173
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