Mania de Quem Ama a Vida
Campinas, 16 de outubro de 2007
À minha avó querida,
...
Ao ler os Versos do Adeus
Vi algo de triste,
Mas compreendo bem
Porque nele auriste.
É leve a explicação:
O vácuo do espaço
É que fez com que
Hauriste a razão.
Quando a Vida é bela,
Surge uma velha mania
De contar o resto dEla
A cada novo dia.
E não é que essa velha mania
um dia se transforma
em mania de velha?
Enquanto esta carta relia,
Notei que também tenho a tal mania.
Não é exclusividade da velha,
Que os filhos e netos - com orgulho - a vida espelha.