Photo by Kyle Cottrell on Unsplash
O meu erro é suplantado pelo valor das vidas que posso moldar.
A chuva cai forte, ela chora a chamar por mim e lá em cima uma lua assassina presta-se a chamar outro homem da madeira de cigarro aceso no meio da floresta, em época de fogos. Mate-se a besta antes que ela sequer pense nisso.
O meu erro são as súplicas, os pedidos de perdão. Olhei para lá do nevoeiro e vi as mágoas, o frio acentuou-se. Ela chora indiferente a isso.
O meu maior erro é não acreditar nas formas da tua lua, naqueles pequenos pormenores para além do infinito, só a outra me fascina, a atracção pelo perigo.
Ela já dorme, indiferente ao meu erro, às formas que o amor toma quando não há dores de cabeça.
Reagi aos erros do passado, tropecei nas minhas folhas e um poema fugiu do esquecimento, afinal ela chorava mais conforme o nevoeiro ia descendo mais e a lua assassina fazia o seu trabalho. Senti-me culpado de te amar, das viagens do abismo, de te aparecer assim à porta com um vazio dantesco de vontade, nem a paciência de um santo podia suportar tanta rigidez na alma.
O meu erro final, foi deixar de escrever sobre a morte, cagar-me para o conforto de um caixão e pensar que um dia podia pegar nela ao colo, sem pensar nima faca afiada a revolver-me as entranhas.
Na verdade até vieram dois milagres e estão agora a dormir.
O meu erro é suplantado pelo valor das vidas que posso moldar.
A chuva cai forte, ela chora a chamar por mim e lá em cima uma lua assassina presta-se a chamar outro homem da madeira de cigarro aceso no meio da floresta, em época de fogos. Mate-se a besta antes que ela sequer pense nisso.
O meu erro são as súplicas, os pedidos de perdão. Olhei para lá do nevoeiro e vi as mágoas, o frio acentuou-se. Ela chora indiferente a isso.
O meu maior erro é não acreditar nas formas da tua lua, naqueles pequenos pormenores para além do infinito, só a outra me fascina, a atracção pelo perigo.
Ela já dorme, indiferente ao meu erro, às formas que o amor toma quando não há dores de cabeça.
Reagi aos erros do passado, tropecei nas minhas folhas e um poema fugiu do esquecimento, afinal ela chorava mais conforme o nevoeiro ia descendo mais e a lua assassina fazia o seu trabalho. Senti-me culpado de te amar, das viagens do abismo, de te aparecer assim à porta com um vazio dantesco de vontade, nem a paciência de um santo podia suportar tanta rigidez na alma.
O meu erro final, foi deixar de escrever sobre a morte, cagar-me para o conforto de um caixão e pensar que um dia podia pegar nela ao colo, sem pensar nima faca afiada a revolver-me as entranhas.
Na verdade até vieram dois milagres e estão agora a dormir.