Ministro Barroso
Prezado Ministro Luiz Roberto Barroso,
Meu nome é Luiz Guilherme Araujo Muller, sou um cidadão brasileiro, que vive nos Estados Unidos, há 25 anos, mas que ama e se preocupa profundamente com sua pátria.
Por uma grande coincidência, temos alguma coisa em comum: o vínculo com Vassouras, cidade que minha avó nos ensinou a amar.
Assim, um dia, ouvi de minha familia, em Vassouras, que um filho dessa cidade havia se tornado Ministro do Supremo. Todos estavam orgulhosos, pois o “Barrosinho”, um Vassourense, tinha chegado ao “Olimpo” do Judiciário e acho que foi nesse momento que os problemas começaram, pois você, no decorrer dos acontecimentos, acreditava verdadeiramente, que era um semideus, um ser escolhido e diferenciado do reles povo brasileiro, que trabalha duro e paga muitos impostos. E você, com seu salário e mordomias, oriundas do seu emprego perpétuo, agia totalmente desvinculado da vontade soberana do cidadão brasileiro.
Não sei se te escrevo para desabafar, exigir, ou suplicar por justiça, impossível é ficar calado!
Os brasileiros precisam que você pare e pense no país e não no seu umbigo!Chega de tanta vaidade e hipocrisia! Com 64 anos, você ainda tem tempo para recuperar sua biografia, já que nela está escrito que, como advogado, vergonhosamente, defendeu um terrorista notório, assassino de 4 inocentes. Esse episódio deixou bem claro onde está guardado seu espírito de justiça e em que nível está sua ambição desmedida!
Teve um momento que, sinceramente, tive esperança: quando houve o confronto com o Gilmar Mendes… Uau! foi incrível! Mas apenas um sopro de esperança que passou pois, a “bolha”onde vc habita, foi mais forte e, depois disso, só presenciamos ataques à Constituição, muita arrogância e um ego exacerbado, fora de controle.
Penso demais no meu querido Brasil e, para falar a verdade, tem dias que choro de emoção ou até mesmo de revolta. Nesses momentos, fico meditando sobre pessoas como você, que escolheram o caminho ditado pelo ego e desonestidade. Será que não têm um amigo fiel e sincero, uma esposa e filhos envergonhados?
Pense bem em que parte da história vai querer ficar, ao lado de bandidos, servindo mediocremente como um lacaio de quadrilha ou como um grande homem da justiça, que não se deixou envaidecer pelo poder e a desonestidade.
O “Barrosinho” que carrega em seu apelido, uma lembrança carinhosa de Vassouras ou um “inho” , um ser pequeno e mesquinho?
Atenciosamente,
Luiz Guilherme Araujo Muller