Carta número 03 - 29 de Junho de 2022
Querido Guilbert,
Já faz bastante tempo que não tenho nenhum tipo de contato com você (2 meses). O bloqueio emocional, psicológico, afetivo e virtual que aconteceu impediu o nosso "quase". Durante esses meses me peguei pensando em você e todos os dias sempre tiro um tempinho para isso. Parece estranho não é mesmo. Já fazem tanto tempo mas é incrível como eu consigo sentir o calor daquele último abraço. Seus olhos ainda estão gravados na retina dos meus e uso cada uma dessas sensações para poder retornar naquele dia sempre que posso. Tive alguns sonhos com você e cada um deles me emocionou um pouquinho. Talvez seja felicidade, vontade, saudade. Não sei explicar, é mais fácil sentir. Espero que esteja tudo bem com você, é o que eu mais te desejo. Às vezes eu consigo te ver mesmo que sem querer, mas nunca foi e nunca será algo ruim para mim. Eu fecho os olhos e vejo você sobre as barras do Parque do Povo (onde nos encontramos pela primeira vez), me esperando para mais um encontro. É uma sensação única e gostosa de se sentir. Não sei como anda sua vida amorosa ou como têm lidado com seus sentimentos. Vai que o Arthur aqui nem tem mais um espaço ai no seu coração né?! (risos). Sabe Guil, é uma eternidade de sentimentos que sinto por você. Pareço tolo para você, mas és tão especial para mim que te lembro todas as noites que a vida me dá. Eu ainda sinto muito, muito mesmo por você e sinto por tudo isso que aconteceu conosco. Não sinto nenhum tipo de rancor sobre você mas pelo contrário, sinto algo tão grande e único que só sabe quem sente. Obrigado por me fazer sentir. Se um dia eu te reencontrar nesse mundão caótico, eu tento te fazer sentir tudo isso mais uma vez. Fica bem e cuidado sempre. Obrigado por me cativar.
Com muita saudade,
Seu tomate favorito (apelido que ele me deu porque eu sempre corava ao quando faziamos chamada de vídeo)
Arthur.