Outra de mim mesma

Quando o vento bate na janela e eu sinto-me outra

Quando o que escrevo profícuo se torna

Então todos os meus infortúnios tornam-se somente uma lembrança

Porque a alegria, que me embriaga assim como o vinho, imbúi-me de sensações ainda não perdidas

E a angústia que invadia meu coração e minava minha coragem é agora como um moleque chorão, que antes, ao empurrar seu balanço, queria tocar o céu, mas agora que tombou chora e se desespera, contudo, não há ninguém para ouvir seus lamentos