Carta aberta aos desinteressados.

A dor que agora tão doída, que achei finda, volta a tomar conta deste a caminhar, jogando na ponta do tênis as palavras ouvidas, agora não lindas, fazendo esfriar o que demorou a esquentar.

Traduzindo Cartola depois de tempos, andando sem vento, sem acalento nem atento. Dando de braços aquele que ousa perguntar: 'E agora José?'

Bem, agora não é hora de responder. Pois o José sem é ou o que poderia ter.

Sou o José sem é. Fazendo jus a falta da ausência.

Sem proclames, sem nomes. Sem dedos, sem barco pra remar.

Em minha noite escura, escutando de minha loucura, a verdade de que me tornei a ausência que para tua paz que, agorinha mesmo, meu amor deixou de te dar.

F J Castilho
Enviado por F J Castilho em 14/02/2024
Código do texto: T7999140
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