Pode usar.

Para meu amor não digo tudo que aconteceu comigo.

Ah, mas se você soubesse dessas minhas loucuras pessoais.

Desse meu gênio atormentado.

Buscarei só tristezas para recolher as mágoas.

Direi que não amo só para justificar aquilo que não sei.

Pobre coitado num mundo sossegado.

Não há sossego.

Só há ilusão e lamentação.

Cultura da culpa.

Existência do rancor.

Essas pessoas; todas alegres e divertidas.

Todas falsas e comprometidas com o medo.

Medo do pavor que há si.

Homem do clamor, maldito seja meu amor.

Sonhar para viver, morrer para sonhar.

Duas escolhas, dois caminhos.

Dois destinos, dois mundos.

Eterno tormento!

Eterno sofrimento!

Do meu peito só irá sair o desencanto.

Da minha boca só o desanimo.

Jogo no ar, assopro, mando: esfrio.

Desconfiguro, distorço, mudo a face.

Minha vida sou eu quem faço.

Da minha mão só sairá o que eu quiser.

Transformo as palavras só de birra mesmo.

Só para você ler e desgostar.

Só para te desanimar

Grito que o mundo é triste só para você se justificar.

Eis aqui um mentiroso!

Eis aqui um consolo!

Eis aqui um fim de uma dúvida!

Dessas palavras sairá o desgosto.

E de suas vidas... o contraste.

Plínio Platus
Enviado por Plínio Platus em 19/02/2008
Reeditado em 31/07/2008
Código do texto: T865612