MINHA LUTA COM DEUS

As pessoas, o mundo, estão absortos em sua busca por realizações e, infelizmente, desatentos às mudança e o agravamento das dificuldades, que, cada vez mais, se acarretam sobre nossa civilização. O “inimigo” encarregou-se de garantir que cada um de nós se perderá e não adianta pensarmos que o sangue de Jesus poderá nos salvar se não entendermos o que isso significa e como funciona. Temos nos enganado por demais a respeito de nossa fé. Quando pensamos que a temos, estamos à mercê das maiores ruínas. Não sabemos o que é ter fé de verdade. Precisamos conhecê-la.

Quanto a mim, estou perdido e cada dia mais me afundando em meus pecados. Só mesmo o sangue de Jesus para me resgatar. Entretanto, no que diz respeito à parte que me cabe cumprir para propiciar essa salvação, que é apegar-me em oração ao poderoso amor do Pai celeste, tenho fraquejado. Minha fé foi aniquilada pelas circunstâncias adversas que têm assolado minha vida e meus sonhos uma após a outra. Preciso aprender a “buscar em primeiro lugar as coisas do alto, e o resto tudo, com certeza, me será acrescentado”.

Lúcifer tem um plano contra mim. Ele não pode vencer a Cristo, mas pode vencer a cada um de nós se estivermos desligados do sangue do nosso poderoso Salvador. O inimigo está providenciando o nosso desligamento do corpo de Cristo, que é Sua igreja, o redil de Suas ovelhas. Se pensamos que somos fortes, que temos fé, que somos dignos, que estamos em dia com Deus e com os homens, somos grandes candidatos a cair na vil armadilha do inimigo. Não temos força para suportar a menor dificuldade em tempo de paz, quanto menos teremos quando a perseguição cruel, implacável e assoladora nos deixar sem casa, sem conforto, sem consumo e sem comida. Precisamos de fé verdadeira, que não se abala pela falta de dinheiro ou bens, mas é capaz de passar pelo fogo, sofrer e morrer por Jesus.

Assim como assumiu papel de bom diante de Eva e a enganou, Lúcifer nos afastará da igreja e nos acolherá no mundo com uma muito bem forjada aparência de caridade, compreensão e amizade. Quando sairmos decepcionados do redil do Salvador o inimigo nos preparará uma acolhedora recepção, nos oferecendo seu ombro “amigo” e nos enganará. Se estamos precavidos contra ele; se o conhecemos e sabemos identifica-lo mesmo em suas falsas práticas de bondade, ele será paciente e amigo ao ponto de nos dar a impressão de que não é na verdade nosso inimigo, que estamos enganados quanto ao seu caráter, ao contrário, ele nos fará ver que não está determinado a nos afrontar; não é maquiavélico, não é mau, não toma posse das pessoas arbitrariamente, é amigo de Jesus, só faz o bem e a caridade, não é o demônio.

Ele tem lutado contra mim desde há muito tempo através de meus anseios não realizados. É sabedor do conhecimento que Deus me deu, da capacidade de raciocínio e persuasão que herdei de meu Pai celeste ao nascer; sabe que, como seu opositor, tenho o poder de Deus, então deliberou-se me fazer estar sempre por baixo, de forma a enfraquecer minha fé cada vez mais. Por isto me assedia a todo instante, fazendo-se de bonzinho, tentando me iludir com as vantagens da fama, da realização profissional, do dinheiro e a provável realização de meu sonho mais caro e antigo: o estabelecimento de uma família. Também tenta me iludir com coisas que têm aparência de cristianismo verdadeiro, mas que sei que não são.

Seguidamente tenho caído nas ciladas desse opositor inteligente, justamente por ter, muitas vezes, agido em obediência aos impulsos do meu coração. Tenho sido vencido pelo orgulho em minha própria capacidade e em meu estatus, também pela falta de submissão à vontade de Deus mesmo que Ele me permita passar por privações, por dor, tristeza e pobreza; e, principalmente, tenho sido vencido por esse adversário, por querer de qualquer maneira realizar o sonho de ter uma família. Prova é as três tentativas fracassadas. Apesar de muito eu já ter me esforçado e feito cursos, durante o tempo em que estive na igreja pregando, fazendo trabalho missionário, dando testemunho e devolvendo o dízimo devido a meu Deus, o inimigo colocou em meu trabalho todo tipo de empecilho e sucateou minha economia completamente, não permitindo que os parcos investimentos retornassem em benefícios.

Não que Deus não pudesse repreende-lo e o fazer afastar-se de mim. Ele quiz provar-me e me fortalecer através da prova. Todavia, fraquejei, pois minha fé é fraca. Concluí que minha fé não existe.

Entrementes: não há mais tempo a ser perdido. A irmã White disse que o sinal para começarmos a sair das cidades é a lei dominical. Estamos, portanto, na iminência de começarmos a sair das cidades. Contudo, justamente agora me vejo enleado em uma realização profissional e financeira, porque Lúcifer e minha impulsividade me fizeram estar ainda fracassado materialmente a esta idade. Ele tem jogado minhas burradas e fracassos em minha cara todo dia, principalmente minha fé tão fraca e o amor falido que tenho demonstrado por Deus. Agora que não desejo ir à igreja, fazer o trabalho missionário, não tenho mais devolvido o dízimo, tenho deixado de cumprir os mandamentos de meus Deus –, agora a parte profissional tem fluido e boas oportunidades de crescimento e restabelecimento de uma velha estabilidade financeira têm se apresentado. Entretanto, divulgando através da minha influência profissional e minha competência, capacidade e inteligência que Deus me deu, livros que eu preferia pôr no fogo. Queria estar usando essa influência e profissionalismo para divulgar as mensagens que Deus quer que eu divulgue. Mas não tenho tido fé para tanto.

Quando vim para esta empresa para divulgar o trabalho de construção e reforma e prospectar novos clientes, fiz um trabalho eficiente e abrangente, visitando muitas arquitetos e clientes em potencial. Durante quase um ano não obtive resultados. Depois que assumi a direção da edição, lançamento e divulgação desse livro os resultados começaram a aparecer. Um rio de oportunidades passou a jorrar. Estou sendo usado para difundir as idéias do inimigo através do meu trabalho e quero sair desta situação.

Por isto te digo que a cidade grande é um lugar onde as oportunidades de pecar se apresentam a todo momento e até se esfregam em nossa cara. Ouço muitas pessoas insistindo em ficar na cidade até a última hora com a desculpa que é preciso enfermeiros, médicos, professores, etc., para a conclusão da Obra, mas sei que a grande maioria não quer abrir mão de seu conforto e, quase todos que criticam os desesperados como eu, quando perderem seus empregos e as possibilidades de ganho, conforto e tranqüilidade desmoronarão e sua fé desaparecerá. Em breve os adventistas não terão mais trabalho e aqueles que são apegados à comudidade da vida serão pegos de surpresa, assim como os que se vangloriam de sua honestidade, se tiverem contas não poderão paga-las. Isso tudo nos deprime, por isto precisamos estar preparados e o único preparo que vejo é através da fé, nos desapegando das coisas materiais e buscandos a Deus, só a Ele, e o resto tudo nos será acrescentado, mas isto se o resto tudo não for nosso objetivo pelo qual nos apegamos a Ele.

Como diz Luiz Cláudio: é muito fácil professar fé enquanto tudo vai bem para o nosso lado, todavia, não se ouve testemunho em favor de Deus onde a testemunha diga que, embora Deus não lhe tenha dado estabilidade material ao fim da prova, o provado seguiu amando-O. Muitas vezes nos submetemos à prova porque temos certeza e esperamos que Deus nos compensará materialmente. E se Ele não compensar? Nossa fé desabará? Na maioria das vezes testemunhamos de um Deus bom que nos dá conforto, riqueza, contas pagas, tranqüilidade. Quantos de nós está preparado para suportar a privação como Jesus suportou? Não tenho sido fiel nesse ítem.

ORAÇÃO PELO PERDÃO

“Pai do céu, mesmo assim, apesar dos meus pecados, que são tantos, me salve, pelo amor de Jesus Cristo! Me dê a fé que não tenho e força para suportar a pobreza, a privação, a frustração dos sonhos não realizados, e, apesar disso, estar sempre firme ao teu lado, buscando fazer sempre a tua vontade e sendo tua testemunha, mesmo na prisão, no hospital, na fogueira, no fio da espada, na vergonha em teu nome, na fome, na miséria, na angústia, no desprezo, no anonimato, na nudez do corpo, no embaraço e em tudo o que eu não tenho conseguido vencer.

Pai Eterno, não tenho te amado, mas tenho sido mau, egoísta e desobediente. Entretanto, tu me tens amado e feito de tudo para me salvar. Transforme minha alma e o meu ser, Pai, me tire desse lugar de pecados. Agora mesmo estão sendo praticandos pecados terríveis aqui e eu não tenho feito nada contra isto. Mas tenho vergonha de estar te traindo e te negando. Quero ser um instrumento teu contra o espiritismo e as artimanhas de Lúcifer, e não um empecilho. Me salve, pelo amor de Jesus! Amém!”

No último debate que participei na aula entramos no assunto globalização e aproveitei para mostrar que esse evento se dará por um esforço conjunto entre os EUA, os políticos de todo o mundo e o Papa, que representa todas as religiões. Mostrei a meus colegas que um governo absoluto é ruim por causa que em todo absoliutismo há intolerância e, consequentemente, perseguição às minorias. No instante em que um colega contestou minha tese, surpriendentemente, a professora apoiou-a, dizendo que o presidente Busch havia dito que tornará a guarda do Domingo lei nos EUA.

Existe um consciente coletivo de que o ecumenismo dissiparia os conflitos religiosos. As pessoas aceitarão isto porque, primeiro, não lembram da história do ecumenismo da profecia de Apocalipse 18 dos 1260 anos, onde o Sacro Império pisoteou a humanidade. E, em segundo lugar, porque não vêm mal, apenas bem na unificação, que é o que parece mesmo se olhado de fora. Para ver-se o mal por trás dessas artimanhas é preciso ser pensador e leitor, mas muitos têm sido induzidos à preguiça mental.

Há muito que no Brasil se detectou sinais contundentes do cumprimento do que a irmã White vem pregando há mais de cento e cinqüenta anos. Lula mesmo, que é simpático à Igreja Católica e aliou-se ao PL (saiba sobre os Universalistas do PL, que pensam em unificar as religiões no Brasil) –, ele declarou que não existe paz porque não existe unidade religiosa, então trabalhará para a união religiosa no Brasil. Portanto, não há dúvida: a volta de Jesus é uma questão de poucos anos.

Precisamos continuar vivendo como se Ele viesse em cem anos, mas preparados como se viesse hoje. Quanto a mim, cada dia mais tenho me afastado de Jesus envolvido em ter o mínimo de dignidade financeira. Mas quero estar com Ele no céu, pois Ele fez tudo para isto. Porém, tenho fracassado nesse intento. Toda vez que decidi andar nos caminhos de Deus me esqueci de deixar de lado minha própria vontade. Sei que a salvação é uma meta dEle, mas não tenho conseguido submeter a minha vida ao controle de Jesus.

Wilson do Amaral

Bê Hauff Witerman
Enviado por Bê Hauff Witerman em 14/05/2008
Reeditado em 14/05/2008
Código do texto: T989240