A princesa prefere o vilão.

Mulher,

é engraçado como somos. Sonhamos com o principe encantado, que aparece em cavalos brancos, que são humildes apesar de muito ricos e poderosos, que são romanticos apesar de não terem que ser e pior, que nos salvaram das tremendas torres que nos encontramos. Crescemos com essa vontade de achar, de buscar esse príncipe de olhos brilhantes e braços fortes... Mas nunca o achamos. Não porque não buscamos direito! Porque nós buscamos ele! Em todas as nossas idas e vindas pelas longas ruas que atravessamos. Mas ele nunca está lá. E nós entristecemos. Choramos. E olhamos estrelas em busca de um brilho que nos incentive a continuar. E, eis que, por um milagre, ele surge. Ah, como é lindo. E eis como uma maldição, você descobre que... que não é ele. E eis como outro milagre, outro surge. E você descobre que não é ele. E eis como um milagre, ou maldição ele surge. E é ele. O seu príncipe. Seu salvador. Seu amado e seu grande amor. Mas, então, o que tem de errado? O fato é que ele não tem erro. Ele é perfeito. Perfeito demais. E isso não existe e tu, mulher, estranha quando se depara com. E lá, ao longe, observando está o vilão. Sim, o vilão. Lembra dele? Das historias de ninar? Ele é cabreiro, bonito, insensível e cruel. E o seu príncipe começa a parecer normal, e simples demais. Começa a surgir um interesse pelo vilão. Aquele que você jurava nunca, nunca buscar! E é aí, cara mulher, cara princesa, que caimos em contradição. Foi aí, que eu, me perdi. Eu tinha o príncipe perfeito nas mãos. O homem que eu subiria as escadas da mais longa igreja só para dizer sim. Mas a maldita perfeição me fez cair. E eu te pergunto, mulher amiga, porque buscamos tanto o perfeito cavalheiro, se ao fim da historia, nós sempre caimos na lábia do cafajeste, do vilão? Os contos de fadas acabam sempre no casamento, sabe porque? Porque na hora que o padre pergunta o que a princesa quer, se ela aceita, ela vai, tenha certeza, dizer não.