O MOTOQUEIRO E O PASSARINHO

 

 

 

Certo dia, Joel pega da sua moto para ir ao trabalho, assim como ele fazia todos os dias.

Era numa manhã de verão radiante e alegre, céu azul, um dia de bons presságios, Joel sentia o frescor da brisa como quem rasga o tempo com a velocidade.

Exigia bastante da sua mota, coisa de jovem, inclinava-se nas curvas para facilitar a sua Honda fazer o declive nas sinuosidades  da pista.

De repente, um canarinho que voava para o outro lado da pista, sem ao menos suspeitar dos perigos do tráfego, cantando alegre em sua revoada, bate no lado do capacete de Joel.

Por usa vez, Joel sentiu o impacto de uma coisa e, num lance rápido, viu que um passarinho havia batido em seu capacete.

Apiedado e contrariado pelo inusitado acidente, parou mais adiante e voltou para socorrer o acidentado.

Quando viu que era mesmo um canarinho, ele se encheu de piedade e o levou consigo, para logo em seguida numa loja estacionar e comprar uma gaiola.

E assim, colocou com todos os cuidados na gaiola o canarinho desmaiado, com alguma comidinha e água fresquinha.

Satisfeito por ainda poder socorrer o canarinho, pois o havia deixado com água, comida e num lugar seguro, voltou para a sua moto e seguiu direto ao seu costumeiro trabalho.

Após passar o susto e sair do desmaio, o canarinho se acorda e fica pesaroso e cabisbaixo, por entender que, por certo, havia acidentado o motoqueiro e disse.

- Meu Deus, de certo eu matei o motoqueiro, pois já estou preso.

 

 

Nota: Li esse conto não sei aonde!

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 23/06/2008
Reeditado em 26/06/2008
Código do texto: T1048064