Um conto, uma prosa, uma bosta! (paginas 11-12)

De cara com o safado

Tudo passou-se em vão nos últimos meses, enfim momentos de paz e sossego naquele lugarzinho predestinado. Inda por pouco tempo é assim que o primeiro testemunha um ocorrido resenhado pelo enjoado e tão falado Diabo, que do descanso tirou idéias lúcidas e muito bem planejadas na intenção de um atuo remanejante de cauteloso.

Uma menina triste era o que se podiam concluir quando se olhava para trás, logo ele se aproxima e aos braços da menina para, pois sabe que ali vem perturbação.

- Quem é você?

Como se não houvesse outra maneira, cantando justifica-se em duvidosa curiosidade já perturbada.

“Lastimável o meu ser em não ser o que já não mais desejo ser.

Aprendiz do fracasso e por assim querer sempre contrário é quem sou a mim por mais que me doa essa vitória.

Despercebido o desejo de sentir-me fraco e fatalmente errado por correto sou apenas um retrato do sarcasmo em prol do descaso.

Quem me dera o sucesso alcançar sem mesmo desejá-lo

Que diriam os atletas que por ele se mataram

Quem consolaria ou fingiria o apego?

A quem diga que sou o Diabo.”

A menina então relaxa os braços e dançando aos pulos segue o coitado.

- O que desejas nesse mundo minha filha?

- De nada tenho que nem sei pelo o que de começar.

Parado de frente a uma venda de sapatos sorria a menina por demais olhando para um belo par de luvas. Diabo irrita-se e em dois passos a leva mais próxima do sexto.

- O que desejas nesse mundo minha filha?

- Um par de luvas como aquele que haverás de me desviar a atenção senhor.

Assim sem querer é tomada da forma mais ingênua a calma do pato. Mas ainda se tem por surpreender aquele mesmo momento em golpes mais ardidos.

- O senhor não julga que por mim aquele estranho objeto seja de meu desejo?

- E de qual se refere filha?

- Aquele pelo qual inda me vem a conduzir.

A menina surpreende então e num golpe seco prova que ali não há ingenuidade e sim safadezas. Sarcasmos então sussurra bem baixinho aos ouvidos do coitado “o interesse é sua cria, assim como a falsidade”

Diabo desaba novamente e sente sem querer sentir o semblante risonho da menina que toca em seus pés e aos gritos reclama inchada.

- Desejas ao inferno prender-se?

- Engula seus prazeres dona nega, que a mim não cura.

Diabos! diz Diabo que em nada resulta esse esforço. Fora já sem graça mais um fracasso do pato. A menina agora sobe escadas cheira flores e ajoelha-se aos pés de uma estatua cansada.

O dia

Chega sem respeito ao tempo á aquele lugarzinho o dia. E é por tão pouco o bastante que Passado ali deixara por prazer um casal, por assim dizer o povo que ali lamentava. Guardados Lili e Jairzinho, dois porcos de espírito com prazeres que pecam por não manter guardada a língua dentro da boca que o quinto foi exposto de maneira mor pela cidade e assim tornou-se de certo querido e conhecido profundamente. A hipocrisia também circulava, pelas sombras, nos becos até então desconhecidos naquele lugarzinho predestinado. O Diabo por ali não se verá pois cansado, derrotado, apenas se sabe que de quatro e com o rabo pra cima se esconde no meio do mato. Lili ao contrario de Jairzinho testemunhava os fatos maiores que seu raciocínio vago e criativo pudera resenhar e sem regas casuava manifestos. Jairzinho tinha um dom incrível, ele era um peixinho encantador em prol de o moço bajular por um gole a goela pra baixo desejar. Havia ali outros pobres de espírito, mas, no entanto por porcos não se eram merecidos e de todas as mediocridades eram por Deus os mais puros. Já era irredutível o sucesso do quinto quando o pecado do casal é causador de um desastre.

- De que este objeto nos importa, lembram da Dona que um dia o possui? Ela perdeu-se na vida

Saciada sua língua que desbrava o discurso rasteiro, Jairzinho ao fedor destilado em ambições dos maiores patrões, reclama em tom de revolta absurda.

- A quem chore por seus males, maligno esse quinto.

Assim sem culpa de tais calunias e imensa falcatrua quinto perde a luz e levado para longe se dá por sumido. Aquilo tudo não passou de uma farsa, mal por mau elaborada, com sucesso em seu passeio arrematou uma lastimável compra bem sucedida pela coitada da razão daquele povinho vendido. Algum poeta inspirou esse safado e lamenta o caso. Inté senhor Passado ficou por demais passado pós caso do passado, um orgulho descaracterizado e mal interpretado assim como se foi. Durante todo ocorrido os mais puros, Durvalino e Zé da Bota declaram guerra santa com dizeres e cantarolas interpretáveis como

- Comprei um quilo de farinha nhá nha pra faze farofa fa fa fa...

- Paga eu vagabundo e para com essa pinga marçoada...viu viu viu...

E nessa prosa se entendiam sem de nada que ocorrerá naquele lugarzinho debaixo de suas narinas terem tomado por conta.

(Revisões em andamento...Obrigado pela Leitura, comente e ou envie sugestões!)

Continua...paginas 13-14

MUTATIS
Enviado por MUTATIS em 08/10/2008
Reeditado em 09/10/2008
Código do texto: T1217902
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