Rodolfo, o peidorreiro

Época da infância, Rodolfo era um rapazote boa pinta, porém com uma grande fama de porcalhão, pois costumava arrotar e peidar em qualquer lugar que estivesse, sem ter vergonha. Dá para afirmar que naquela época Rodolfo produzia tanto gás natural quanto a Bolívia hoje exporta para o Brasil. Poucos anos depois, já na adolescência, Rodolfo já estava bem mais contido, pois morava em uma cidade pequena, e seu estigma já era imenso, trazendo-lhe dificuldades, inclusive para arrumar namoradas. Numa fatídica tarde dominical, avistei Rodolfo sentado num banco na calçada da praça central, conversando com duas garotas, percebi que ele soltava todo seu charme, na esperança de conseguir um beijo de uma delas e aproximei-me, pois era conhecido de todos. Eu, que já havia cheirado inúmeros peidos de Rodolfo, percebi que aquela era uma ótima oportunidade para reforçar a sua lenda e, também, desfrutar de uma fétida vingança. Como quem não quer nada, soltei um surdinho, que veio reforçado pelo odor do mocotó que eu havia jantado na noite anterior... Dois ou três segundos depois, o cheiro de carniça azeda infestou o quarteirão inteiro e as moças, verdes de enjôo, olharam para Rodolfo como a armada de Cuba mirava uma vítima do “paredon”... E já gritaram: - Rodolfo, seu porco imundo!!! E tão rápido quanto o traque infestou o ambiente as gurias sumiram. Pobre Rodolfo, ficou com os olhos marejados de sentimento, com o coração partido e só conseguiu arrumar namorada em uma cidade vizinha, onde não conheciam seus dotes...

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andré diefenbach
Enviado por andré diefenbach em 26/07/2009
Código do texto: T1720323
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