“A SAGA da BROCHADA do PELOTA”

Impossível descrever o acontecimento sem imaginar a cena, porém, com muito zelo e paciência, passo as vias dos fatos.

Pelota, era o vulgo de um amigo incógnito, que durante seus trinta e cinco anos, nunca esteve com uma “Mulher Dama”,

Vivia em uma cidade onde todos o conhecia, sempre prestimoso, sorridente, não havia no mundo quem lhe tirasse do sério, exceto pelo acontecimento da “ BROCHADA”.

Interessante foi o fato gerador dessa “desfeita”, coisa que macho que é macho, sempre diz que “ comigo nunca aconteceu”.

Os amigos de Pelota, sempre quiseram fazer as vezes de Cupido, para, imaginem, tirar o dito cujo das masmorras do conhecimento de EROS, iniciando-o nos trabalhos dos prazeres da carne, já que o mesmo só conhecia a própria carne, “pelava uma sabiá que não era mole”.

Feito os preparativos, se cotizaram, e, combinados com a dona do bordel de codinome impecável “MADAME BERT”, até hoje não sabemos seu nome verdadeiro, foi preparado o “ninho do amor” e lá foi instalada uma filmadora de fita no sistema VHS, pois na época não havia em nosso mundinho, os ditos celulares com câmaras digitais acopladas, etc. etc. etc..

Pelota, como um pretenso noivo, prestes a ingressar no mundo dos prazeres mundanos, ficou inquieto, desde que os “meninos” haviam lhe dito que iria “perder a virgindade”.

Pense num aperreio para mantê-lo sereno e concentrado, durante os dias que antecederam ao fato.

Foi um erro danado que os meninos cometeram em ter anunciado para Pelota, com antecedência, às pretensões para com o mesmo, pois iriam levá-lo na casa de MADAME BERT.

A casa da mulher dama, era requintada, cheia de vida, de sons, risos.... era uma festa!

No fatídico dia, Pelota, logo cedo da manhã, buscou os meninos, em suas casas, era um cochichado danado, ninguém sabia do que se tratava, exceto os envolvidos.

Anoiteceu, e todos se encontraram na praça da matriz, esperando a hora do desfeche.

Entre um aperreio e outro de Pelota, sempre tinha alguém do grupo que o acalmava.

Rani, o mais safado de todos, tinha tudo na ordem, no esquema. Chegou a hora.

Todos se dirigiram para a CASA DA MULHER DAMA, foi um festa na chegada. Todos, pediram bebidas, os que não bebiam pediram refrigerantes, e o Pelota nem água pediu, só pensava “naquilo”.

Desceu a escadaria, uma jovem mulher dama, bem afeiçoada, bem vestida em uma camisola, que, imaginem, não cobria nada.

Pelota, não tirava os olhos daquela “pantera”, e como combinado, ela começou a fazer gestos e aproximou-se dele, entre “gemidinhos” “unhadas” “mordidas” “frases de amor”, Pelota, ficou subindo pelas paredes.

Porém os meninos, não podiam deixar os fatos acontecerem logo, começaram com um bacanal, para o qual, o de Herodes perdeu feio.

Pelota, estava deslumbrado, era o sonho de trinta e cinco anos se realizando, era imaginável o sucesso daquela noite.

Na expectativa da hora “H”. foi levado o Pelota para o “CHAMBRES D'AMOUR”, em companhia daquela “DESMONTADORA DE HOMENS”.

Pelota, feliz, foi subindo as escadas, seus trinta e dois dentes não cabiam na boca.

Passaram-se dez, vinte, trinta, quarenta minutos, uma hora, e nada, nenhum comentário, nenhuma ousadia, nenhum barulho partindo daquele ninho de amor.

Quase duas horas depois, aparece ELA, na escadaria, com ar de cumpridora das obrigações, enquanto todos, na espera de uma boa notícia, pois o plano foi PERFEITO, para quebrar a virgindade de Pelota.

Ela aproximou-se da mesa, onde estava a tropa de choque, com um sorriso maroto, disse, “ACONTECEU”. Foi uma gritaria, um barulho infernal. Botaram um brega lascado na vitrola de ficha. Foi uma comemoração com tudo que se tinha direito.

Acontece que Geraldinho, disse, “VAMOS BUSCAR O NOIVO”, bom, foi aquela correria, escada acima, até a porta do quarto, onde se deu a saga.

Rani, Toinho, Geraldinho, Fernando, Zézinho, Claudio, Dico, todos atômitos ficaram com a cena que viram.

Estava PELOTA, agarrado aos travesseiros, chorando, se maldizendo, e claro, PELADO.

Todos por uma só voz, gritaram ! “QUE ACONTECEU PELOTA”...?

NADA, NADA, NADA. Foi a resposta.

Por que NADA.

Não consegui

Cara, por que? Perguntou – Rani!

Porque passei o dia treinando...e agora... puff... NADA.

FOI UMA RISADAGEM daquelas que ninguém conseguia parar.

Maior ainda foi a algazarra e a risadagem quando fomos assistir “A FILMAGEM”.

A qual denominamos de “A SAGA da BROCHADA do PELOTA”

Risonaldo Costa
Enviado por Risonaldo Costa em 29/07/2009
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