VERDADES OU MENTIRAS




Era uma noite de muita chuva, ventos fortes, trovoes a claridade dos raios clareavam todo o campo onde dava para se enxergar a imensa plantação de milho.

Nossa casa fora construída na parte mais alta da propriedade um lugar privilegiado mais também estratégico.
Era uma casa imensa e bem antiga de uma historia um pouco assustadora mais meus pais assim que bateram os olhos nela se apaixonaram, eu era pequenina quando mudamos para a casa e nos primeiros dias tudo era motivo para pensar no arrastar das correntes.

Durante muitos anos a casa permaneceu fechada, pois a historia que se contava a respeito da mesma espantavam a todos.
Era uma construção muito antiga e fora toda ela construída pelas mãos dos escravos.
Contam que o casal proprietário eram pessoas de gênio ruim, muito violentos e cruéis praticavam a violência como forma de manter o domínio sobre seus escravos

Muitos morreram outros ficaram mutilados pelos excessos de brutalidade.
Contam a historia que um destes escravos se tornara especial diante aos olhos da patroa que mesmo sendo uma pessoa ma, sentira um sentimento de carinho pelo belo e jovem escravo.
Filho de escrava da fazenda cresceu dentro da propriedade e era livre para andar por toda a casa, aos quinze anos de idade, negro jovem e de porte altivo encantava a todas as mulheres e garotas negras da senzala.
Prisioneiro mais feliz com o mundo que conhecia onde era privilegiado, pois não era tratado como os demais tinha a atenção especial da patroa e este foi o motivo de todo seu sofrimento.

Contam que Tereza Drevinsi se apaixonara pelo jovem escravo e foi tão forte o sentimento que fez com que ela assassinasse seu marido para poder viver livremente este proibido amor.
Mãe de dois filhos já adultos, filhos estes que cresceram longe da família em colégios caríssimos não acompanharam o desenrolar dos acontecimentos onde a fama de violentos de seus pais era conhecida por todos.

A casa estava cheia de amigos e parentes para se despedirem do corpo, muitos indagavam sobre a causa da morte.
Ele escorregou e bateu com a cabeça e faleceu, indagou um dos visitantes, não sei desci o outro, ouvi falar que foi uma queda do cavalo, estranho comentou um outro.

A morte do fazendeiro era algo de estranho só havia uma versão e ninguém contestava nem mesmo os filhos que muito pouco sabia sobre os pais
Durante o velório muitas coisas foram ditas, muitas duvidas sobre a morte do fazendeiro foram levantadas porem tudo terminou quando seu caixão foi coberto por muitas pás de terra.
Dizem que depois do enterro os filhos voltaram para suas vidas, não havia amor entre eles mãe e filhos.
Tereza Drevinsi com a morte do marido passou a controlar os negócios da fazenda.,ela era uma mulher de decisões e a primeira decisão que tomou foi proibir a visita de seu escravo favorito a senzala.

Mais ela esqueceu que dentro de casa havia varias escravas que cuidavam da casa e era justamente dentro da casa que o jovem escravo era mais assediado.
Tomas um jovem escravo cuja beleza atraia todos os olhares femininos não só os das escravas mais principalmente os da patroa, se sentia como um rei adorado por todas as mulheres da corte.

Dizem que por ciúmes Tereza acabou por determinar que seu jovem escravo fosse acorrentado e colocado em um dos vários quartos que existiam na fazenda.
O jovem acostumado a total liberdade viu sua vida presa dentro de quatro paredes longe de tudo de todos tendo como consolo a presença da sua dona e proprietária a quem cultivava um imenso sentimento de ódio.

Foram vários anos privado de sua liberdade e durante todo este tempo seu ódio só se fez crescer e com ele cresceu também um imenso desejo de fugir de si livrar de todo a quele inferno em que sua vida havia se transformado.

Foram varias tentativas e todas deram em nada desiludido Tomas começou a se maltratar feri seu próprio rosto causando profundas cicatrizes, em sua mente ele imaginava que se torna se feio provavelmente sua senhora deixaria de querelo como homem.
Durante dois anos ele se mau trator por fim já não era mais o mesmo porem o fascínio da patroa só se fez crescer, sua cabeça deu um no não havia mais nada que ele pudesse fazer a não ser morrer.
A loucura se fez presente nos teus dias, contam que ele não conseguia mais dormir e eram dias e noites arrastando suas correntes pelo chão do quarto sua prisão.

Dizem que ele viveu por mais três anos e no final deste tempo sua senhora como castigo pela sua falta de disposição para o amor mandou que o castrasse e foi proibido que fosse alimentado diariamente só lhe eram dado alimentos de dois em dois dias.

Contam que o encontraram sem vida com a corrente de seus pulsos enroladas em seu pescoço. Três dias depois Tereza Drevinsi foi encontrada morta em seu corpo marcas de ferimentos feitos por duas mãos que impuseram seus dedos pressionando seu pescoço e todo seu corpo, teus olhos que permaneciam abertos demonstravam pavor era como se ela estive se vendo algo assombroso apavorante que queria sua vida.

Mais uma vez os filhos estavam de volta desta vez para enterrarem a mãe, como no velório de seus pais no da mãe não foi deferente muito comentários eles ouviram e como no velório do pai não deram a mínima atenção a nenhum dos devidos comentários, al termino do enterro eles decidiram colocar a casa a venda.

Não foi difícil vender uma propriedade tão bem cuidada logo, logo a casa foi vendida, uma família de uma cidade vizinha se encantou e a comprou.
Dizem que eles não moraram um mês na casa apavorados abandonaram a propriedade durante a madrugada e nunca mais voltaram.

Contam que durante as noites começaram a ouvir correntes se arrastarem pelos corredores acompanhados de gemidos de dor e vozes que pediam por comida, em quanto os gemidos se misturavam com a suplica me deixe viver, me deixe viver.

Não sei se existe alguma verdade nesta historia, estamos morando na casa já a mais de dois anos quando crianças cheguei a ficar assustada com alguns ruídos mais nunca cheguei a ver ou ouvir nada que me deixasse acreditar em todas as historias que ouvi a respeito da casa, porem algo de fato deveria ter acontecido do contrario uma casa tão magnífica não ficaria fechada por tanto tempo.

Curiosa comecei a pesquisar a respeito dos primeiros moradores da casa e descobri que de fato existia um escravo por nome Tomas e que Tereza Drevinsi era de fato a proprietária e que seu marido morrera de morte suspeita e que a pro pia teve também o mesmo fim e mais antes de meus pais comprarem a propriedade ouve uma outra família que como conta a historia deixaram a casa as pressas depois de presenciarem movimentos acompanhados de gemidos e pedidos para viver.

Não sei o porque de sermos aceitos para morar na casa só sei que tudo faz crer que as historias sobre a casa são verdadeiras e que por algum motivo fomos aceitos para viver nela mis isto e uma outra historia que terei que pesquisar, não sei se o farei mais e provável que sim pois historias estranhas sempre me fascinam






jorge soares
Enviado por jorge soares em 17/12/2009
Código do texto: T1983256
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