AVENTURAS DE TONINHO PANCADÃO

Toninho Pancadão era filho de seu Libório e Nhá Ana. Um casal por demais alegre e divertido. De tudo que lhes acontecia de ruim ou de bom, sempre agradeciam e até faziam destes acontecimentos uma oportunidade para reunir os amigos, vizinhos, parentes e quem por ali passasse.

Viviam um tipo de existência normal. Um modesto bar-restaurante. A comida honesta e com um tempero divino. E no verão, funcionava a sorteveria, com seus picolés e bolas de sorvetes.

A preocupação constante era com o filho. Antonio Conceição das Neves do Verbo Divino Pereira e Souza. Filho único. Chamava a atenção por ser um garoto totalmente sardento e com os cabelos ruivos encarapinhados. Uns chamavam de cabelo sarará. Diziam que Toninho Pancadão nascera assim, porque Nhá Ana quando estava de barriga, foi bulir no ninho do tico-tico e por isso nasceu a criança toda sardenta. Outros mais maliciosos falavam que seu Libório, uma noite com preguiça de ir ao banheiro para se desapertar, mijou pela janela e acertou um sapo Cururu e por isso o filho nascera sardento da cabeça aos pés.

Uma coisa que Nhá Ana fazia e deixava qualquer ser humano fora de controle, era uma sobremesa de pêssegos em calda, com sorvete de creme e vinho rose suave gelado. Ninguém resistia a tal tentação. Mas... Toninho Pancadão, só gostava dos pêssegos e do vinho gelado e se pudesse colocava um pouco de nata batida na hora.

Os anos foram passando e Toninho Pancadão se desenvolvendo. Uma tarde e seus amigosforam tomar banho de rio, lá no rio Saltinho e resolveram ficar pelados. Para sua surpresa notou que os pentêlhos dos outros garotos eram totalmente pretos e os seus ruivos. Ficou a pensar durante a noite, como seriam os pentelhos da vizinha que era loira. E assim passou alguns dias com o pensamento a vagar. Qualquer moça que passasse por perto lá estava ele radiografando mentalmente os pentelhos da moçada.

A vida em família era de uma leveza sem igual. Ajudava no bar, no atendimento do restaurante e ainda lavava a louça. Para seu Libório não tinha filho melhor e para Nhá Ana aquilo sim que era uma dádiva divina.

Sábado sim, à noite Nhá Ana fazia buchada, sábado não, rabada. Era uma freguesia que dava para a semana, só no faturamento. Só terminava quando as panelas estavam sem mais nada. Já batia o relógio da igreja 3,00 horas da madrugada era a hora então de ir dormir. Domingo só abririam depois da missa das 10,00 horas.

Mas queria ver Toninho Pancadão, era contar um “causo” provavelmente inventado por alguma pessoa maldosa. Diziam que um homem recém chegado na cidade se hospedara na pensão de Dona Zuquinha Zarolha. Perguntada onde podia comer algo diferente ela informou o bar da mãe de Toninho Pancadão. Era sábado de rabada. E o visitante se entusiasmou com o ambiente acolhedor e alegre e se derreteu em elogios ao prato servido. Foi um dos últimos a sair. Quando chegou à pensão de Dona Zuquinha Zarolha, ela estava na sala acordada, esperando o hóspede para poder fechar a porta da pensão. Quando entrou deu de cara com a dona da pensão, que logo foi perguntando: Onde o senhor foi? Ora, fui comer o rabo de Nhá Ana. Quase que a velha tem um faniquito. Comer o quê? Desde quando ela tem rabo? Ingênua e inocente....

Ou ainda quando a noticia ganhou as ruas, perguntavam para Toninho Pancadão, se muita gente tinha comido o rabo da sua mãe...?

O tempo foi ganhando a vida e Toninho Pancadão a vida ganhando, com suas manias e cismas. Agora dera de implicar com o padre João. Ficava horas e horas sentado na praça da igreja, só prestando atenção quem entrava na casa do padre. Depois de uma semana concluíra que seis mulheres entravam diariamente e em horários diferentes. Duas de meia idade, meio gordinhas e de cabelos compridos e que os maridos eram cerqueiros e apareciam a cada dois a três meses em casa. Outras duas já um tanto velhas, viúvas sempre juntas entravam e saiam. E as duas moçoilas, sempre de saia abaixo dos joelhos, sapatos baixos, sem um pingo de pintura e com os cabelos beirando a cintura. Vestiam saia azul, blusa branca, meias brancas e sapatos pretos, baixos sem saltos. Estas vinham sempre depois das 4 horas.

O verão prometia. Quando os sinos badalavam dezoitos horas, chamando as pessoas para rezar o terço, podia-se ver no horizonte barrado de vermelho, era sinal de seca e muito calor. Nos dias de calor Toninho Pancadão saia vender picolés. Os sabores tradicionais, a não ser um feito com rum e passas. Divino até demais. As formas de sorvetes apresentavam dois tipos: um picolé redondo e outro achatado, meio quadrado.

E foi então que alguém contou para o jovem mancebo que o padre adorava picolé.

Criou coragem e foi até a casa do vigário, ofereceu um picolé de manga para o dito provar. O pecado da gula foi instituído a partir de então. Todas as tardes, pelas cinco horas da tarde, lá estava Toninho Pancadão vendendo seus picolés. Era venda de sete unidades por dia. Mas uma coisa chamava a atenção. O padre não comprava picolés de forma retangular, só picolés redondos. E um comentário corria a cidade. O padre comprava os picolés redondos e chamava as mulheres e as moças para uma sessão de chupar picolés. Reuniam-se em uma das dependências e sentadas em cadeiras, em círculo, com o padre sentado no meio, chupavam os seus picolés, ao comando do padre.

Estas vendas diárias de picolés ao padre chamaram a atenção de Nhá Ana. A ponto de convidá-lo para almoçar no domingo, após a missa. Falar sobre o que foi servido seria inútil, ou redundância. Mas a sobremesa com sorvete de creme, pêssego fatiado e vinho rosê suave gelado, deixaram o padre praticamente em estado de pecado capital.

Mas o que padre gostava era de pêssegos em calda. A ponto de pedir para Nhá Ana que comprasse uma caixa. Não demorou uma semana a encomenda chegou. O encarregado de levar a caixa até a casa do padre foi Toninho Pancadão. Lá chegando foi recebido por uma das beatas, que por estar muito atarefada, indicou a despensa. Entrou e ficou observando a quantidade de alimentos ali estocados. Com segunda e terceiras intenções, observou muito bem um pequeno detalhe. Bem no centro da despensa havia um tipo de clara-bóia vazada, que permitia uma ventilação e uma tênue iluminação, apesar de sempre ter uma lâmpada acesa. Como as prateleiras eram altas, usou uma escada que ali estava para colocar a caixa de pêssegos em conservas e experimentou a grade da clara-bóia. Estava solta. Bingo. Era tudo que desejava.

Ficou matutando por uns dias. BINGO. Achou a solução. Subir no telhado, no final da tarde, na hora do terço e entrar pelo forro do telhado e se orientar pela luz que vinha da lâmpada acesa, na despensa.

Dito e feito. Lá foi para testar se tudo daria certo. E deu. Não pegou as latas que tanto desejava. Deixou para um final de tarde de um sábado. Geralmente as beatas e as candidatas já teriam deixando a casa do padre.

E então o sábado tão esperado chegou. Como quem não quer nada, arrumou a escada de forma estratégica e ficou esperando. Já passavam das quinze horas da tarde, quando então tomou coragem e partiu para sua aventura. Apanhar as latas de pêssegos em conserva. Aos poucos foi engatinhando. Orientava-se pela luz que emanava da clara-bóia da despensa. E quando chegou perto, ouviu vozes. Gelado parou. E agora? Continuar ou não? Prosseguiu e qual não foi sua surpresa. Quase que dá um grito de espanto. O que viu jamais havia visto. Nunca imaginaria uma coisa desta.

Olhou, olhou, olhou e ficou pasmo. A cena era um tanto confusa, mas nunca tinha visto algo igual. O padre com a batina levantada, com as calças arriadas e com a bunda branca para cima e uma beata por baixo a gemer e gritar baixinho.

Um susto daqueles quase o derruba clara-bóia abaixo. E ali ficou olhando, extasiado e porque não excitado. A cena e ato demoraram por alguns minutos. Levantaram-se, tomaram um copo de alguma bebida, que provavelmente era vinho. Agora o padre estava sem a batina e sem as calças. Só de camisa e com colarinho de plástico. A beata a estas alturas, embalada pela bebida, já devia ter tomado mais de quatro copos, estava com os cabelos soltos e totalmente pelada. O padre então era de um entusiasmo digno de um garanhão.

Resolveu sair com muito cuidado, para não fazer barulho. Retirou a escada e a escondeu.

Agora sim. A intenção de roubar as latas de pêssegos em conserva estava complicada.

E um novo sábado chegou. Pela manhã, passou na cozinha e sorrateiramente apanhou um saco de cinco quilos, de farinha de trigo. Escondeu-a junto à escada. Almoçou com certa ansiedade, notada por Nhá Ana. Mas como era um sábado, dia de buchada, achou normal tal.

Sentou-se em um banco da praça e vendia picolés. Com olhos espertos e pesquisadores foi notando que saíram três beatas e as duas candidatas a tal.

Uma ficou. Era o sinal esperado.

O relógio no alto da torre marcava 16,00

Correu, posicionou a escada. Subiu com o saco de farinha de trigo e começou a rastejar em direção da luz. Pronto. E. surpresa. Não tanta, mas lá estava o dito padre na mesma posição e situação. Bunda branca para cima. Batina levantada no nível da cintura e calças arriadas. Com extremo cuidado, afastou o gradil. Abriu com o canivete o saco de farinha de trigo e o posicionou de tal forma que caísse em cima da bunda do padre.

Preparar. Apontar. Fogo. Despejou todo o pacote de farinha de trigo, que atingiu de forma precisa o alvo. A bunda do padre. O que sucedeu foi uma gritaria, uma confusão total. O padre ao sentir o impacto do pacote na bunda deu um grito de espanto.

E a beata então gritou: Já gozou???

E foi quando se deu conta da situação. Era farinha de trigo para todo o lado.

A confusão era geral. A batina toda branca, a beata com os cabelos todos enfarinhados.

O padre com as calças arriadas e algo mais.

A alegria de Toninho Pancadão era intensa. Conseguiu conter uma risada estrondosa, com muito sacrifício. Voltou ao local de entrada, colocou as telhas no devido lugar. Guardou a escada no lugar de sempre e foi sentar-se no banco da praça.

Olhou para o relógio, marcava 17,40. Sábado não tinha a oração do terço e nem missa.

Ficou ali impaciente, não desgrudava os olhos da casa do padre.

Quando o relógio badalou 18,30 viu a beata, saira olhando meio de lado, desconfiada e cabeça baixa. Cabelo enrolado, toda cautelosa ganhou o rumo de casa.

Mais de 15 dias haviam passados desde o caso do saco de farinha de trigo. Mas havia ainda uma questão a ser resolvida. A caixa de conserva de pêssegos em calda.

Se duas vezes tinham dado certo as suas aventuras sob o telhado da casa do padre, porque não daria novamente?

E assim foi novamente. Escada escorada. Telhas retiradas e amontoadas na posição certa. Engatinhando, engatinhando e a luz da despensa. Primeiro olhou para ver se não tinha nenhuma bunda branca para cima. Abriu o gradil, deitou-se com meio corpo e foi apanhando as latas de pêssego, uma por uma. Total 10 latas. Agora sim. Surgiu um problema como transportá-las, até o buraco das telhas? Solução espetacular. Tirou as calças, ficou só de cuecas. Colocou cinco latas em cada perna da calça e foi puxando bem devagar. Alcançou o buraco das telhas, puxou a calça com muito cuidado e começou a descer a escada.

Estava muito contente. Já se imaginava comendo os pêssegos, sem que sua mãe o controlasse.

Mas...eis que de repente. Não mais do que de repente. Quando desceu o último degrau da escada de madeira, já com um pé no chão.

Escutou: Muito bem!!! Seu ladrãozinho. Agora você vai explicar isso para sua mãe e para o seu pai.

Era o fim. Toninho Pancadão, envolvido em roubo de coisas da igreja? Como ficariam seus pais? E a reputação de família séria e trabalhadora? E o movimento do restaurante, do bar, da sorveteria?

O padre mandou que ele vestisse as calças. Apanhou as 10 latas de conserva e as colocou em um carrinho de mão, que estava ali por acaso. Pegou na mão de Toninho Pancadão e com uma voz cavernosa pronunciou: Agora você vai ver no que dá roubar uma casa santificada. Vou exigir dos seus pais uma punição severa.

Já estavam quase chegando e o padre de mãos dadas com Toninho Pancadão.

E então... surgiu uma idéia luminosa e magnífica.

Seu padre! Eu sei quem jogou um saco de farinha de trigo na sua bundona brancona.

O padre largou a mão de Toninho Pancadão e ficou branco, mudo, suava feito um maratonista em dia de calor intenso.

O que você está falando? Eu sei quem jogou a farinha na sua bundona branca e também quem era a mulher de cabelo comprido que estava lá na despensa fazendo aquelas coisas.

O padre estava apoplético. Confuso. Amendontrado. Aparvalhado ante a possibilidade se este fato caísse na boca do povo. Era o fim de tudo. Das rodadas de chupar picolés redondos. De visitar a despensa, de três a quatro vezes por semana, com beatas diferentes. De comer e beber do melhor vinho e cerveja. De ganhar bolos, tortas, frangos assados, pernil de leitoa assada, bem pururuca.

A estas alturas dos acontecimentos, Toninho Pancadão já se distanciara do alcance das mãos do padre.

Se você sabe, quem é que jogou o saco de farinha de trigo na........ me diga então.

Ah! Então o senhor confessa que este fato aconteceu? Ai sim o padre ficou branco. Acabara de confessar para Toninho Pancadão o fato e o ato.

Mas me diga quem é que foi?

Se o senhor não contar nada para minha mãe e nem para o meu pai e me der as latas de pêssegos e comprar todos os dias de verão...(parou e fez as contas, sete mais sete mais sete, igual a vinte e um) se o senhor me comprar todos os dias 21 picolés eu lhe conto.

Feito o trato. Quem é? Me diga de uma vez, antes que eu perca a paciência. Pode até perder a paciência, mas daí é que eu não conto de uma vez.

Por favor, por favor, e por misericórdia me diga quem é?

Sou eu. Disse Toninho Pancadão.

O padre queria esgoelar, matar, triturar, cavar um buraco no chão e enterrar aquele pirralho.

Trato feito.

Só que com uma condição.

Que condição?

O senhor não tira a escada do lugar e coloca uma toalha vermelha na janela do seu quarto, todas as vezes que o senhor for visitar a despensa. Topas?

Pensou, pensou e concordou.

E assim Toninho Pancadão se tornou um grande amigo do padre e continuava espiando, espiando. Até que um dia, e não acreditava no que estava vendo, entrou uma das moças candidatas a beata. O padre foi tirando a roupa de moça, demoradamente, peça por peça e jogando nas prateleiras. Toninho Pancadão a estas alturas estava mais atrapalhado que caranguejo andando sobre maço de algodão.

Não se agüentou e num ato de pura doidera, pulou para dentro da despensa. O susto foi muito grande e o espanto maior. A moça começou a gritar e o padre com uma mão tampava a boca da futura beata e com a outra tentava bater em Toninho Pancadão.

A confusão aos poucos foi se amainando. A moça pelada, constrangida, o padre pelado, agora brochado e Toninho Pancadão se saiu com essa “Eu também quero, se não eu saio correndo, com a sua cueca e a calcinha da moça e grito para todo mundo saber das coisas”.

Mais uma vez o padre se encontrava nas mãos do pirralho, mas que sabia o que queria. E como.

Consultas, dali, confabula daqui. Cochicho ao pé do ouvido. E por fim a conclusão.

Nós topamos. Mas como assim? Ora primeiro eu e a moça. Depois eu e você.

Por essa Toninho Pancadão não esperava. Meio tonto com a resposta pediu para o padre se explicar melhor. Ora, eu faço sexo com a moça e depois eu faço sexo com você.

A estas alturas dos acontecimentos, Toninho Pancadão viu a coisa ficar preta para o seu lado. Dois passos para trás. Olhou o interruptor de luz. Em uma das mãos a cueca do padre e a calcinha da jovem beata. Estava próximo a porta e apalpou a chave, uma vez que estava estrategicamente com uma das mãos protegendo a retaguarda. Em um gesto de rapidez incrível, apagou a luz, abriu a porta, tirou a chave e trancou o padre e a pobre beata dentro a despensa e saiu correndo.

Mais uma vez estava em vantagem.

Só restava ao padre, uma saída. A clara-bóia. Sabia que Toninho Pancadão usava a escada para subir até o telhado e que tirava as telhas para entrar pelo forro da casa.

A saída da despensa se deu de forma um tanto inusitada. A conturbada quase beata subindo pela escada em direção a clara-bóia e o padre atrás, com aquela panorâmica, ou seja, a beata sem calcinha subindo a escada e ele embaixo também subindo. Depois de rastejar um pouco, desceram pela escada. Quando estavam praticamente com os pés no chão, ouviram aquela voz: Seu padre tarado, agora eu vou contar para todo mundo e falar para o delegado do que o senhor vem fazendo. Vou entregar a sua cueca e a calcinha da moça e a chave da despensa.

Calma. Muita calma. Vamos entrar em um acordo. Você não faz nada disso. Me entrega a minha cueca e a chave e para a moça a sua calcinha. E eu faço tudo o que você quiser.

Pensou mais uma vez. Voltou a pensar.

Então vamos fazer o seguinte. Nós três iremos para a despensa e lá daremos continuação ao que foi interrompido. Só que numa condição diferente. Primeiro eu. Depois o senhor. Isto se a moça topar. A estas alturas a coitada estava mais perdida que tanto fazia um ou outro. Queria mesmo ir embora. Mas se encontrava refém das ações e vontade de Toninho Pancadão. Mas também estava louca por uma experiência diferente.

E lá se foram o três.

A noite já corria solta.

Na cozinha da casa do padre, era servido um risoto, frango frito, vinho tinto e de sobremesa pêssego em calda com sorvete e vinho rosê suave.

Na casa de Nhá Ana uma preocupação com o sumido de Toninho Pancadão.

Quando entrou em casa, os pais perguntaram por onde andara até àquelas horas da noite?

Estava na casa do padre, aprendendo coisas da vida e comendo...comendo pêssego em caldas.

Deste dia em diante, o padre ganhou um grande aliado. Até que foi transferido para a Europa e deixou saudosas muitas beatas e candidatas a tal.

Quanto a Toninho Pancadão, herdou um considerável rebanho de ovelhas...

ROMÃO MIRANDA VIDAL
Enviado por ROMÃO MIRANDA VIDAL em 24/03/2010
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