O Cavalo da Madrugada

Segundo um amigo meu essa experiência é real e foi vivida por ele há alguns anos atrás.

Ele me contou que quando ainda era solteiro vivia com os pais em um bairro afastado do centro, mas mesmo assim bem urbanizado. Certa noite após sair com os amigos para uma bebedeira ele teve que esperar o último ônibus para retornar para casa já as tantas da madrugada, o problema era que esse ônibus não entrava no bairro, mas sim em uma avenida próxima fazendo com que ele andasse uma boa distancia a pé. Quando desceu do ônibus reparou que a avenida estava totalmente deserta a não ser por um cavalo que circulava pelo acostamento.

Meu amigo atravessou rapidamente a avenida e entrou em uma das ruas do bairro. Foi quando escutou um barulho – tloc, tloc, tloc – ele olhou para trás e percebeu que o cavalo o seguia. A princípio não deu muita importância para aquilo, mas ao virar a primeira esquina ele novamente olhou para trás e o raio do cavalo continuava a segui-lo!

“Que droga de cavalo! Só pra me assustar” – ele pensou.

Ele acelerou o passo e entrou em outra rua, mas o cavalo fez o mesmo e dessa vez começou a trotar.

“Ô coisa! Sai de mim trem!”, ele pensou de novo.

Então no desespero meu amigo começou a correr e em pânico percebeu que o cavalo começou a correr também!

- Minha nossa Senhora! – agora ele tinha se desesperado.

Quando mais corria mais depressa trotava o animal que há essa altura ele já imaginava ser coisa do além.

Quando estava bem perto de casa o cavalo já estava alcançando-o, ele contou que nem tentou abrir o portão, pulou o muro como se fosse um ninja e se encolheu do outro lado. Depois disso o cavalo parou, relinchou raivoso e começou a bater o casco no chão. Meu amigo cheio de medo se levantou do seu esconderijo e correu para a porta, mal teve tempo de abri-la antes de o animal vê-lo e tentar pular o muro.

Depois de entrar ele correu para o quarto sem acender nenhuma luz, se escondeu debaixo dos cobertores e rezou tudo que é reza que conhecia enquanto ouvia os sons de cascos se afastando.

Quando ele nos contou isso eu e meus amigos rimos a vontade achando que aquilo fosse efeito da bebedeira, mas a verdade e que sempre que vejo um cavalo no meio da noite eu fico com um pé atrás. Vai saber né.

Luciano Silva Vieira
Enviado por Luciano Silva Vieira em 20/06/2011
Reeditado em 21/07/2011
Código do texto: T3046526
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