Ditinho. Maria Mineira e os tres porquinhos

Maria Mineira convidou Ditinho e seus amigos para passar o fim de semana no sitio de seus avós. Convide de criança quem adora são os adultos. Vovó ainda tinha um fiozinho de cabelo preto antes dessa semana!

A viagem não foi muito longa, Maria a todo instante lembrava algo curioso no sitio fazendo com que a turminha agitasse o mini ônibus que os transportava. Apesar de seis quilômetros antes de chegar ao sitio somente de charrete ou a pé, foram três carroças que vieram buscar a turminha. São plantas exóticas e frutíferas, são pássaros de todas as cores e musicas, tem o vovô que vai leva a gente nada no corguinho de água mais gostosa que refresco, no tem cães e galinhas e cavalos!

Cavalo! Vamos passear no cavalo? Interrompeu Vasco...

Tem cavalo? Se a vovó deixar vamos sim.

Obaaaaaaaaaa! Urrou a garotada

Ditinho não urrou, deve ter se lembrado de um tombo que levou, traumatizou o pobrezinho

Chegaram sábado a tardezinha, só deu tempo de ver alguns animais que já se preparavam para descansar. Já acolhidos colocaram suas coisas nos quartos e foram para grande sala onde esperavam por eles os queridos vovô e vovó com doces de cores e sabores que a turminha nunca tinha visto, mas o doce de leite era algo que umas vida é pouco para levar o sabor. Maria é só felicidade, ver a casa cheia deixava ela toda envaidecida. Logo vovô e suas histórias inesquecíveis. Falou das frutas da época, contou uma historia de cachorro do mato que arrepiou criançada, arregalaram os olhos para saber o final. Mas o que mais animou a turma foi saber que a porca que estava grávida deu a luz a vários porquinhos, dos quais sobram três. Pela manhã na hora do café não se falava em outra coisa, todos queriam ver os porquinhos. E lá foram eles...

Nossa foi um corre-corre danado, todos queriam brincar com os bichinhos, mas para tristeza da turma vovó, pediu para eles deixarem em paz os bichinhos e ir ver outras coisas, e assim fizeram...

Correm até o corguinho onde tinha patos. Pegaram girinos, correram atrás de galinhas e mais gostoso que dar milho pra galinha só mesmo jabuticaba no pé; assustaram os pintinhos e o peru... glugluglu... Jogaram bola com o vira-lata Negovom, o predileto da vovó. Pegaram laranja no pé. Lambuzaram-se de manga, se assustaram com as aranhas e tantas outras que... Ufa, cansa até de conta!

Junto com o cansaço, a fome... E o sino da cozinha tocou...

Crianças vamos, vamos, vamos... Almoço tá na mesa... Reforçou vovô.

Nossa que mesa grande comentou a turma!

Foi meu avô quem fez! Falou orgulhosa Maria. Os olhos da vovó brilharam.

Sentaram-se todos, Uns começaram a se servir de arroz quando Ditinho perguntou pra vovó que cheiro bom era aquele, ela de imediato respondeu...

Isso é cheirinho de comida da fazenda. Arroz, feijão, bastante salada... E leitãozinho a pururuca, e como sei que vocês estão roxos de fome assei logo os três...

A sala ficou muda! Quinquim foi o que primeiro derramou uma lágrima, não demorou para que os demais ficarem indignados. Não era possível o que eles estavam presenciando, não era brincadeira, era a pura realidade.

Foi Maria que protestou primeiro, Ditinho sugeriu passar fome, Quinquim perdeu a fome! Vasco falou que saco sem fundo não para em pé, uma vez já tinha comido a codorna que havia sido salva de uma raposa e que a mãe pegava pombo da matriz para fazer galetinho e vendia como aperitivo.

Sabe gente, pena que o tempo leva essas coisas tão simples que nos fazem hoje viajar no tempo para sorrir sem motivo e chorar de emoção. O tempo leva quase tudo, mas meus sonhos não leva não.

Marcos Pestana
Enviado por Marcos Pestana em 09/09/2011
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