Dia de Sorte ou Azar?
Ela era a mulher mais pefeita que eu já tinha visto, a verdadeira encarnação de Afrodite a deusa grega, com seu vestido colado ao corpo, andar sensual, boca carnuda e uma pele de seda, uma morena de parar o tempo, e eu? quem sou eu?
Meu nome é Silas, trabalho em uma repartição publica, sentado no cantinho do escritório, eu, meu computador e um mundo de papel, esta mulher que descrevi no inicio é a Catrina, secretária do chefe da repartição, eu, um reles funcionário, com meu jeito magrelo de ser, óculos fundo de garrafa, 35 anos de idade e transei só uma vez na vida, aos 15 anos de idade, nem me lembro como foi.
Certo dia na repartição, era uma sexta-feira, cinco e meia da tarde, faltava meia hora para largar serviço, contava nos dedos estes minutos, ir para meu humilde apartamento, me entupir de salgado e jogar video game e ao mesmo tempo folear revista de mulher pelada, tinha todas as playboys e sexys.
Faltando cinco minutos para bater o ponto, me chega o Luiz Mauro, o chefe, um gordo estupido que só vive comendo porcaria.
- SILAS, PRECISO DE VOCÊ HOJE NO PLANTÃO ATÉ ÀS 22:00 PARA TERMINAR UM TRABALHO QUE TEM DE SER ENTREGUE NESTA SEGUNDA-FEIRA, A SRTA. CATRINA VAI FICAR COM VOCÊ.
Dentro de mim houve uma mistura de decepção e pânico, não sabia se me cagava todo ou saia correndo dali, caraca, eu e aquele mulherão sozinhos até dez da noite naquele escritório enorme, numa boa achei que ia infartar.
Todos foram embora e fiquei sozinho naquele enorme escritório, só se houvia o barulho das teclas do meu computador, mas meu pensamento estava todo voltado para Catrina a secretária, olhava de rabo de olho lá na mesa dela e a via sentada de perna cruzada, cabeça abaixada na mesa escrevendo algo.
De repente ela levanta a cabeça e seu olhar cruza com o meu naquele enorme espaço vago do escritório, eu parecia estar sendo hipnotizado, no que ela se levantou, abraçou alguns papeis e veio caminhando em minha direção, cada passo que ela dava parecia que ia quebrar a espinha de tanto que ela rebolava.
Quando ela chegou perto de mim seus peitos pareciam que ia pular pra fora do decote em cima de mim e me comer vivo, caguejei:
- Ja, ja, ja, ja, cocococomeçei a tatatatarefa...
E la respondeu:
- Ok, vou me sentar aqui ao seu lado e vamos fazer esta tarefa juntos ai terminamos rápido não vejo a hora de ir embora.
Nisso ela puxou uma cadeira e se sentou bem ao meu lado, podia sentir sua respiração e seu perfume adocicado entrando nas minhas narinas.
Ela estava focada na tarefa e eu focado nela, ela era meu sonho de consumo, aquele mulherão ali do meu lado e eu trabalhando igual doido, só que eu sabia que não tinha a menor chance de uma mulher igual aquela dar prum cara igual eu.
- Srta. Catrina, vou tomar uma agua e vou ao banheiro já volto.
Me levantei num andar duro igual pedra em direção a cozinha, tomei um copo d`agua, fui ao banheiro e milhões de pensamentos sobre eu e aquela mulher.
Quando voltei Catrina não estava ao meu lado, ai ouvi um sussuro vindo da sala do chefe, bem baixinho:
- SSsssiiilllllaaaaasssssss!!! SSSSSssssillllllaaaaassssss...
O arrepio foi tão forte que achei que minha espinha ia soltar, fui caminhando pé ante pé até a sala do chefe, com a luz meio apagada e me deparei com aquele mulherão em pé em cima da mesa do chefe, peladinha, peladinha como veio ao mundo.
Numa boa me excitei na hora, fiquei totalmente paralizado, acho que era a mesma sensação de ter acertado na loteria.
Aquela mulher deu um pulo da mesa em minha direção e eu já cai de boca na barriga dela, não sei onde arrumei forças para abraçala, só estava querendo tirar proveito.
Ela me apertava, unhava, beliscava, dava gemidos, e com os minutos passando eu ia perdendo as forças, sentia que ela ia ficando mais pesada e já não me apertava com tanta força.
Em algum instante que eu estava bolinando ela, percibi que ela não se mechia mais, estava parada, corpo todo mole e só eu estava ofegante, parei aquela esfregação por um instante.
Meio que em choque eu a larguei mas o corpo dela continuava de pé.
Fui afastando lentamente...lentamente...encostei na parede, levei as mãos até o interruptor, ao acender as luzes tive uma visão terrivel, Catrina havia pulado da mesa não em cima de mim, mas não por quê queria transar comigo e sim acabara de cometer um suicidio.
Reparei uma corda no amarrada ao pescoço dela, que merda, ela havia se enforcado, ai pensei: Putz, tô lascado, ferrado de vez, agora vou ser culpado da morte desta idiota desta mulher.
Andando pra lá e pra cá, super nervoso e pensativo no que fazer, e olhando aquele mulherão deitado no tapete do escritório peladinha, mesmo morta não deixou de ser gostosa, pensei alto:
- Quer saber, já tô ferrado mesmo, vou pra cadeia mas vou feliz.
Tirei minha roupa toda e mais que depressa, subi em cima daquele delicioso corpo morto, mandei ver, fiz de tudo que tinha direito, afinal o corpo ainda tava fresquinho.
Agora que estava aliviado, a cabeça pensava melhor, o que vou fazer? Enfrentar 30 anos de cadeia ou inventer uma baita mentira e tentar me safar?
Melhor opção: Sumir com o corpo, e foi o que fiz, literalmente sumi mesmo, levei aquele corpo pra casa, na surdina da noite, coloquei em cima da mesa da cozinha e como que um surto peguei um facão super amolado e começei a picar aquele corpão pedaço por pedaço, e cada lasca que ia saindo colocava no liquidificador e batia até virar caldo, jogava no vaso e dava descarga, e foi assim a noite toda, literalmente eu sumi com aquela mulher.
Até hoje procuram pela Catrina, fiquei como principal suspeito, mas num deu nada sem provas, a unica coisa que sei é que meu lugar no inferno está garantido, queimando pela eternidade, sentado no colo do diabo.
Lei o meu conto "Bebê sem Boca"