* O cachorro amigo *

Uma família de classe média criava um cachorro da raça Pit Bull com muito carinho na qual manifestavam muita estimação pelo animal. O mesmo andava livre pela casa era como se fosse um membro da família, somente quando chegavam visitas, ele era recolhido para sua casinha que ficava no fundo do quintal.

Um dia o casal foi convidado para uma festinha surpresa, na casa de um dos chefes deles, não podendo recusar o pedido, sem ter com quem deixar seu filho de apenas seis anos, pois era folga dos empregados e não havia ninguém de suas famílias por perto, encontravam-se angustiados e pensativos, após a criança dormir resolveram atender o chamado do chefe, deixando seu filho dormindo apenas na companhia do cachorro.

Ao voltarem da festinha que não demorou muito, encontraram o cachorro banhado em sangue, não pensou duas vezes, o esposo puxou seu revolver e mandou fogo sobre o animal, que caiu em seus pés e arrastando-se mais ou menos, uns dois metros indo morrer juntinho ao corpo de um estranho, com os olhos voltados para o quarto da criança, como se quisesse lhe dizer alguma coisa.

Quão grande foi á surpresa do casal, quando chegaram ao quarto do filho encontraram-no dormindo o sono mais tranquilo do mundo e um corpo de um homem caído no escritório morto provavelmente a dentadas.

Foi aí que o pobre homem, veio a entender a injustiça que havia cometido, acabara de matar o seu mais fiel amigo, que salvara a vida de seu filho e protegera sua casa contra roubo, quem sabe sequestro e assassinato.

E ele sem pensar, no calor da surpresa dos acontecimentos, tirara a vida do herói e guardião de sua casa, somente por que o encontrou ensanguentado e o mesmo estava sozinho com seu filho pequeno, imaginando que tivesse matado o menino.

E a gora ele estava abraçado sobre o corpo do cachorro, completamente arrependido da besteira que havia feito, pois sabia que o cachorro lutara e matara o homem que entrara em sua casa. Pena que ele não podia devolver a vida a seu amigo! E muito menos lhe pedir perdão...

Claudia Pinheiro
Enviado por Claudia Pinheiro em 14/11/2012
Reeditado em 17/11/2012
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