O ataque
Utilizou-se de tempo hábil, de pausas respiratórias, face entristecida. Esbravejou, rumorejou e atacou como uma fera ferida, só que sem ferida. As moças convocaram uma reunião para ditar as regras do aqui e agora, com grandes razões, premeditadas.
Entreolharam-se e num murmurar puseram-se a explicar o funcionamento do grupo, mas o pastor - AH, O PASTOR! Esse engolia as moças com os olhos, e sua lábia as envolvia com tamanha pena e irritabilidade.
Não haviam pausas, não haviam deixas, proclamava-se respeito enquanto sua consciência gritava em sufoco sua culpa.
O pastor matou sorrisos, destruiu motivos.
Atacou sem medo, com grande convicção de coerência.
Pouco sangue deste sentimento me resta, o pastor arrancou-me de quase um tudo.
Só ele falava, não haviam outras pessoas, outros pontos de vistas, só ele e sua razão.
O diálogo durou cerca de 20 minutos, onde o pastor ministrou seu sermão como ele bem ensaiou e, o silêncio deixou o espaço vago para as interpretações.
Veremos no que vai dar.