Raposa de fogo.

Reza a lenda de uma historia bem antiga,

La pras bandas das Serras de Diamantina,

Que de noite na madrugada já surdina,

Uma luz riscava o céu,

E espalhava pela mata um imenso fogaréu,

Esse fogo reluzia como brasa,

Mas não queimava a vegetação,

Era tanta claridade que parecia com o sol do meio-dia,

E os compadres já ajeitavam a sua comitiva,

Iam subir a serra, atrás daquela luz,

Diziam ser a “Mãe do Ouro” que tanto reluz,

Mas conforme a lenda diz:

Não pode subir a Serra estando com “Pau de Fogo”,

Se alguém atrevesse a desobedecer,

O espírito da “Mãe do Ouro” sempre pegava os desavisados,

Pois quando isso acontece, é que aparece a magia,

A “Mãe do Ouro” fica tomada de muita ira,

E se transforma numa “Raposa de Fogo”,

E correndo de forma ligeira, com sua calda incendiada,

Ela aprisiona os caçadores em volta,

De uma grande fornalha,

Triste fim, para quem é mau com a floresta e sua bicharada,

Mas quem respeita os animais, logo tem sua recompensa,

Vê no cume a sua imensa riqueza,

O brilho que vem do chão é igual ao céu estrelado,

Tem ouro e diamante, fica tudo misturado,

Poucos são os que acham este tesouro,

De tamanha estranheza,

E conseguem voltar vivos, para contar tamanha proeza,

Pois para receber da “Mãe do Ouro” toda esta riqueza,

O preço é simples, não carece de esperteza,

Tem que saber desde pequeno a viver com a natureza,

Basta nunca ter matado um bicho,

E nem prendido um passarinho,

Já diziam há muito tempo os antigos,

Nas suas historias noturnas ao pé da fogueira;

Quer achar a “Mãe do Ouro”:

Seja amigo da “Mãe Natureza”.