BEM À MINEIRA
Estando em casa de minha prima Ilma, exemplo maior de dona de casa, esposa, mãe e avó dedicada, que a todos sabe servir, por vezes deleitei-me em uma mesa farta.
Estive prestando serviços diversos a ela e família e sempre, ao final das atividades, assentava-me à mesa para um dedo de prosa com ela, com o seu marido Sebastião (Tião) e, quando coincidia, com algum de seus filhos.
A mesa era posta bem à mineira: pães de queijo, bolos variados, biscoito de polvilho doidão ou orelha de turco (como às vezes é conhecido), pães e doces caseiros.
Um cafezinho bem quentinho, coado na hora, ou, quando a circunstância assim o exigia, suco ou refrigerante.
Ali nos deliciávamos com as quitandas e com boa prosa, relembrando velhos tempos ou confabulando amenidades, naquele prazeroso ambiente familiar.
Cada dia novos causos, várias novidades e muito o que relembrar.
A vida simples no permite esse aconchego, mesa farta e boa prosa.