Menino no passado.

Certa vez, conheci um menino que era mais novo que eu. Resolvi chamá-lo de menino novo. (Pouco) Criativo, não? Com ele eu tinha a falsa impressão de que eu era mais experiente. Nunca acreditei muito na falsa impressão. Quer dizer, ainda sou bem inexperiente. Inexperiente em variados sentidos.

Tudo que eu falava e fazia, o menino novo achava estranho. Sim, para ele tudo que não fosse obviamente comum era estranho. Coisa de menino novo, eu pensava. Mas isso (quase) não me incomodava. Só quando ele dizia que eu era muito estranha várias vezes seguidas, aí sim, doía um pouquinho no ego. Porque eu sei que sou, mas não pretendo mudar isso por ninguém.

De qualquer forma, era bom conversar com o menino novo. No mundo tem faltado pessoas boas para conversar. Ele era bom nisso. Engraçado, leve, espontâneo. Ele também falava umas expressões que eu nunca ouvia ninguém falando. Então, o jeito que ele falava era bem ele. Isso era legal. Muitas coisas eram legais com ele.

Prefiro me referir ao menino novo no passado do que no presente ou futuro. Futuro eu não sei. E bem, o presente... O presente pode estar sendo modificado enquanto eu escrevo. Então, me limito a dizer que foi muito, muito bom tê-lo conhecido. E fim. O depois só depois saberei.

PS: QUAL SERIA A MELHOR CLASSIFICAÇÃO PARA ESSE TEXTO? EM QUE CATEGORIA DEVO ENQUADRÁ-LO?

mmmalencar
Enviado por mmmalencar em 06/10/2015
Código do texto: T5406792
Classificação de conteúdo: seguro