Memorias - Cotidiano - Entre a cruz e a espada - Final - parte V

Um dia Genaro resolveu ir embora, saiu de fininho.

A memoria dele estava boa, conseguiu chegar na casa da irma na cidade de Sorocaba, porém, as conversas dele era incrível, somente quem convivia sabia como era.

Inverteu tudo. Dizendo que os filhos de Beth queriam mata lo, e conseguiu convencer o cunhado que ficou horrorizado.

Clara a pedido de Beth, foram busca-lo,

"tres dias antes riscou com um prego o carro do filho caçula, furou os quatro pneus. e ele ia viajar"

Genaro disse que ia voltar por causa da Belinha (cachorrinha), Beth explicou a situação para a irmã de Genaro.

Depois disso,

" O medo de que ele caísse e batesse com a cabeça e falecesse...Iam acreditar na versão dele".O cuidado com ele redobrou.

Como acreditaram nele, um mês depois na surpresa, assim como a assistente social.

De repente a visita...Sabíamos que era para constatar.

Tudo estava normal em casa, ele estava sendo bem cuidado, mas falava o contrario, as vezes dava uma escorregada, viram que Genaro não estava mesmo falando a verdade.

Passou o tempo, a ligação da irmã:

Como ele está Beth - perguntou

Esta do mesmo jeito, agressivo, não quer ir ao médico..

Beth falou da justiça para a irmã:

A resposta de arrepiar...O medo presente que a justiça imponha a familia para cuidar,

Mas Beth disse:

Vou levando, vou cuidando dele...

Mas é difícil, o ciumes dos filhos. A agressividade, em palavras que machucam, espero não entrar na fisica, ai sera o limite.

Alguns dos filhos entendem, outros tem raiva.

Se revoltam...Com a decisão de Beth e o comportamento de Genaro.

E o medo que ele faça algo com ela...Um risco.

Quando Clara leva a mãe para algum lugar, ele esbraveja, roga praga,

Que o carro há de entrar debaixo de um caminhão, capotar tres vezes...

Clara, pensa - Deus não vai ouvir isso.

Coitada de você, não tem ninguém, esta sempre aqui, faz tudo por nós, e leva a pior.Diz Beth.

Genaro diz que Clara leva a mãe pro mal caminho.Ao leva la para ver outros filhos, os netos. Com a ferida no rosto, não aceita mais ser levado na casa dos irmãos "Clara sempre levava, mesmo em outro Estado".

Mãe, Genaro que conhecemos, genioso sempre foi, agora com a idade avançada com problemas de saudê, já não faz coisas que fazia a pouco tempo, tudo isso mexe com o emocional dele, a senhora é a ancora dele, tem medo de perde la.

Mas na mente dele esta fixada de outras formas, já não raciocina.Eu não ligo.Deixa ele cuidando dos cachorros, isso ele gosta e tem prazer, se a senhora aguenta essa situação...Não posso ir contra sua vontade.

É filha, se eu deixa lo pra justiça, vou levar um remorso no meu caixão.

Então, entre a cruz a espada a senhora é dona da sua escolha. Eu sei que o remorso a mataria, por abandona lo. Sinceramente, eu não gostaria de estar na sua pele, mesmo acompanhando, o tempo, o costume, fez com que eu gostasse dele.

Esse conto é comum acontecer, pessoas idosas que necessitam de cuidados e se negam...

Outros dizem:

Ele não tem que querer,

Ninguem ajuda nesse caso, sabem apenas apontar...

A família fica de mãos atadas.(neste caso somos a família dele)

Quantas vezes se fala:

Vamos ter que leva lo desmaiado - perguntamos.

Nesse caso de Genaro, somente quando ele pedir, por não aguentar dores, irá aceitar.

Embora a agressividade, raciocínio mais lento. Esta em suas condições de dizer o que quer. Tem força fisica, não esta acamado.

Clara , está ali a disposição, mas não da pra fazer mais se ele não aceita e, os médicos dizem: nada podemos fazer se ele não quiser.

isis inanna
Enviado por isis inanna em 06/05/2018
Reeditado em 06/05/2018
Código do texto: T6329045
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