B.S.A - 1949
Na praça de Salto, eu e minha Helbia, uma bela bicicleta,
Em Sampa tudo mudou, comprei uma motocicleta.
Ela era Inglesa, azul e tinha 250 cilindrada,
Eu ia para todo canto, e com Tula pegava a Auto Estrada.
Escapamento cromado, com filete, igual a do Roberto,
Tanque de gazolina grande, e cheio de gatas por perto.
As motos Européias, o pedal direito e o cambio aparente,
E o pedal esquerdo, é um freio potente.
Comecei a pegar carona de moto com o Argentino,
Curtia andar de moto, desde pequenino.
E todo dia eu ia na garupa para a Fradique,
Para tomar cerveja e pinga de alambique.
Bota preta, jaqueta de couro, calça calhambeque eu era o tal,
Com minha moto Inglesa, parecia o Vidal.
Com Tula na Garupa, tudo estava federal,
Como um Puma Raivosa, eu era um animal.
Eu testava a moto na Usp, com Paco e era verão,
Fomos atropelados por um caminhão.
Na ambulância, alunos de Biologia, nos socorreu na Avenida,
Foi o fim da B.S.A, azul 1949, completamente destruída.