O inconsciente.

Os restos mortais, já em estado de putrefação, ocupavam o mesmo espaço.

Ao ponto que se aproximavam de uma imagem dantesca.

O membro sexual, de um deles, perfurava, como um punhal, a superfície craniana de outro. Atravessando todo o encéfalo e de forma exógena saindo pelo maxilar, junto com os gânglios cerebelares.

Aquela imagem parecia sensibilizar o camponês.

As lágrimas corriam aos olhos.

Quando, em um lapso, vê objetos.

O alinhamento desses, até para um camponês, era estranho.

Ele inicia uma busca por bens de consumo.

Levando carteiras, relógios, celulares e um laptop.

A dor, de ver cenas bizarras, anteriormente, parecia ter sido finalizada.

A alegria tomou conta do homem.

Ao sair do carro empurra os restos mortais e todas as toneladas de ferro, que os recobria, penhasco abaixo.

Começa então a mexer nos artefatos, esses quais nunca tinha visto na vida.

Abre o laptop e se depara com a assustadora imagem.

Era a mesma imagem que tinha visto naquele carro.

O inexplicável veio até ele.

Sua mente que nunca tinha sido exercitada, agora estava em ritmo acelerado.

Suas pernas lhe levavam à beira do penhasco.

As mãos trêmulas, taquicardia, as alucinações, estavam claras.

A leveza em seu corpo propiciava-lhe forças, que pensava ele, para um vôo.

Pula do penhasco para encontrar o destino, mas antes a morte o encontra.

Como três garotos inconseqüentes, ele, ignorou o inconsciente.

Tornou-se refém da loucura e perdeu a noção da razão.