O pão de queijo

Toda vez que José via Maria era a mesma coisa,ela era sua paixão já havia tempos.

E sempre que Maria passava em frente à sua casa ,mineiro como ele era, José dizia-lhe admirado: Oh! Trem bão sô,eita lasqueira!

E ela passava rebolando ao seu lado,na calçada indo em direção ao seu trabalho.

E Maria dava-lhe uma leve olhada de lado,sorrindo para ele,mas,no entanto, José nunca teve coragem de lhe dirigir a palavra,ou seja,de começar uma conversa com ela.

E assim era todo dia,agora ,se,Maria ,também nutria um sentimento por José,isso,não se sabia,o que se sabe é que Maria sabia de seu amor por ela.

Só que certo dia,depois de meses,da mesma coisa dela passar ao seu lado na casa sempre no mesmo horário às 8h00 da manhã que era o horário de sua ida ao trabalho,dessa vez,José,encorajou-se e parou de dizer-lhe: Oh! Trem bão sô,eita lasqueira e resolveu, finalmente chegar nela,falando-lhe o seguinte: Oi,tudo bão contigo? Meu nome é: José e o seu?

Ela lhe disse: Eu sou Maria! Ele acabou lhe confessando: Maria,eu não consigo parar de pensar em ocê,estou demais da conta apaixonado por ocê.

José lhe disse: Já deu logo para perceber né?

Maria,lhe falou: Mas é claro que sim: Só se ,eu fosse tapada para não logo perceber desde a primeira vez,o seu interesse por mim,com seus eita trem bão sô,eita lasqueira, enquanto,eu sempre passo ao seu lado na calçada de sua casa.

Ocê sempre mexeu comigo,sorte a sua que estou solteira,se não ,se eu dissesse ao meu namorado,decerto que ele não ia gostar disso,ela disse-lhe rindo.

E José, então,lhe perguntou: Ocê está solteira: Uai ,vamos namorar?

Maria,lhe disse: Muita calma nessa hora,a gente nem se conhece,começamos a nos falar hoje,vamos nos conhecer melhor,eu te passo o meu telefone para começarmos uma amizade em primeira lugar e depois, quando,eu chegar em casa,ocê pode me ligar,está bem assim?

Ele ficou meio assim desanimado,mas acabou topando sua proposta,ele anotou seu número de telefone,ele lhe perguntou,enquanto,isso,eu posso te levar de carro até o seu trabalho,ela lhe falou não precisa,meu serviço é logo ali,foi então que eles foram andando lado a lado,eles foram conversando,ele pensou consigo mesmo esse logo ali dela não chega nunca eles já haviam andado uns cinco quilômetros e finalmente antes dela chegar ao seu serviço,havia,ali uma padaria de esquina, enquanto, José estava suado de tanto andar e ela que já estava acostumada a essa sua caminhada, Maria lhe perguntou: Se não for pedir demais: Como eu não tive tempo de tomar café da manhã hoje, ocê poderia me comprar um pão de queijo dessa padaria de esquina do bairro de onde,eu trabalho?

Ele lhe afirmou,sim, claro,por que não?

Foi então que José lhe comprou um pão de queijo e Maria ficou toda contente e ainda lhe disse: Amanhã, você me acompanha, novamente até o serviço e me compra outro pão de queijo, disse-lhe com um outro riso cativante em sua boca.

E só de pensar que José teria que voltar de a pé até sua casa e levá-la de a pé até amanhã de novo,ele já estava começando a hesitar e a pensar em desistir,porque,aquela mulher andava muito,ela servia mais para trabalhar andando do que para trabalhar numa loja de roupas,onde ela,trabalhava como vendedora, pensou consigo mesmo ele.

E como essa mulher adora um pão de queijo hein?! Não é nem pelo preço,porque,um pão de queijo é barato,mas,hoje já foi um,amanhã será outro e por aí vai,será até quantos pães de queijo? Uai

Pensando bem,ela não é tudo isso não ,viu!

Disse, José, refletindo,eu acho que Maria prefere o pão de queijo a mim, é o que está parecendo a meu ver.

É isso,que eu vou lhe perguntar a partir de amanhã de manhã.

E foi então que chegou o dia seguinte às 8h00 da manhã, José nem teve tempo de lhe telefonar nem quis,ele preferia lhe falar pessoalmente ao vivo ao falar por telefone.

Ele, então,ao chegar na mesma padaria de esquina do bairro de onde ela morava,Maria,de novo,lhe deu a mesma desculpa,de não ter dado tempo de não ter tomado o seu café da manhã e lhe pediu outro pão de queijo e José,novamente,foi cavalheiro e um gentil homem e lhe comprou outro pão de queijo quentinho.

Enquanto,ela comia seu pão de queijo comprado por José,ele resolveu lhe perguntar,pelo visto,ocê gosta mesmo de pão de queijo não é?!

Maria lhe falou,eu não só gosto como eu amo pão de queijo!

Ocê gosta mais de pão de queijo do que eu!

Ela lhe respondeu para ser sincera e verdadeira,sim,porque,eu não gosto de mentir para ninguém.

Então, ocê está comigo por interesse, perguntou-lhe José e ela lhe disse não sei se seria interesse mas se ocê quiser me conquistar e me namorar terá que me comprar os pães de queijo, todo dia, ocê terá que sustentar o meu vício.

Agora,sou eu que lhe digo,o pão de queijo é bão demais da conta sô,eita lasqueira, disse-lhe isto enquanto,Maria mastigava seu pão de queijo favorito e pronta para ir trabalhar no seu serviço que ficava logo ali em frente,ela sentia renovada,tudo por causa de um pão de queijo,agora,se, Maria teria mais pães de queijo de graça,tudo dependeria de seu futuro namorado José que depois daquilo que ela tinha lhe falado,ele voltou para sua casa cabisbaixo,somente a pensar,eu não estou valendo mais nada parece que o pão de queijo ganhou de mim e infelizmente, na opinião de Maria,ganhou mesmo e assim segue a vida.

Agora, será que José aceitaria ou não essa condição,essa escolha de Maria? Eis a questão!

Autor: Wilhans Lima Mickosz

Wilhans Mickosz
Enviado por Wilhans Mickosz em 09/05/2024
Reeditado em 11/05/2024
Código do texto: T8059676
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