TEMPESTADE - (Cida Moura)

Atrás das nuvens espessas

os dias fingem harmonia!

atrás das inquietações...

as noites se perdem insone...

raiando o sol sustentando só aparências.

na maresia tudo parece calmo.

lumiando a lua caem por raios as máscaras.

demasiado contraste impera agonia.

Viver assim, aceitando tudo

deixando se levar na correnteza.

sem lutar, destruindo a beleza.

mutilando os lampejos da alegria

sem esperança de uma saída,

cujo significado da vida escapou

levando o desejo de viver.

mas viver é preciso!

Deixar então... vir os raios e trovões!

sair de si mesmo,

se embrenhar no vento

brigar de igual para igual

nessa luta não haverá derrotado.

das faíscas, a claridade incendeia

os ânimos feridos...

após a tempestade,

irromperá novo discernimento.

Angeluar
Enviado por Angeluar em 17/07/2011
Reeditado em 17/07/2011
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