A dança de roda.

A dança de roda me envolveu

Na roça.

Toque de viola ponteada, ritmo

Marcado e caboclo teimoso de

Arretado que tinha o pacto com

Saci, puxava uma cantiga melódica

Com sua doce melodia.

Cheiro de mato, grilo cantando,

Luz de luar, toque de tambor que

Ressoava em meus ouvidos.

Frio de mato, de noite enluarada,

Aquecida pela cachacinha branca,

Pelas palmas, pelo cantarolar e

Pelo roçar do calçado na terra batida.

A roda estava no auge de sua força,

Êxtase de felicidade com muitas gargalhadas

E por vezes, olhares furtivos que mirava na pessoa desejada.

Uma hora rodava em sentido horário e derrepente

Todos davam uma paradinha e volviam para o outro

lado.

Minhas pernas já não agüentavam, mas eu

Resistia firmemente feito um personagem

De fígaro diante de sua platéia em total êxtase,

pois do outro lado encontrava-se uma bela moçoila

Que me hipnotizava com seu encanto e beleza de

lábios molhados pedindo um beijo meu.

marcio rosa
Enviado por marcio rosa em 10/08/2011
Reeditado em 10/08/2011
Código do texto: T3150667