CIRANDA DA ELEIÇÃO II – DÊ SUA OPINIÃO
Esta ciranda foi inspirada no cordel EM TEMPO DE ELEIÇÃO, do Poeta Mario Roberto Guimarães.
Está chegando a eleição
Só de lembrar fico fulo
Terá novo “mensalão”
Mas meu voto será nulo.
Não vale vender o seu
Nem trocar por dentadura
Pois quem fez se arrependeu
Hoje vive na amargura.
Claraluna
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Meu Padin Ciçu Rumão
Vai cumeçá di novu
A iscoia de mais ladrão
Para robá u meu povu!
Mi ajudi apertá us Butão
Faça cun qui eu saiba iscuiê
Pois já é tempu de inleição
Tempus de elis prumetê.
Prumeteru lúis na róça
Pra ganhá u meu votin
Mais ta iscuru a minha paióça
I o fifó ta ficanu vaziin.
Nus palanqui us safadus
Prumeti tudu prus povu
I nóis us inleitô coitadus
Vamu votá nelis de novu?...
Ô meu povu brazilêru
Vamu aprendê a votá
Sinão vem ôtru caxacêru
I ocupa us mermus lugá.
Airam Rbeiro
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Eleger seus representantes
É dever do cidadão
Mas é tão desgastante
Viver votando em ladrão!
Eu teimo em acreditar
Que um dia isso vai mudar
Mas entre ano e sai ano
E só tenho desegano!
Ângela Rodrigues
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Uma vêiz foi prometido
Ficô máiz jenti disocupáda
O pôvo tá mêso pirdido!
Dis qui o Hômi tá filíz
O tár do IBOPI decrarô
O guverno tá aprovádo
Pur êçe pôvo sofredô!
Pulítico que róba munto
Pódi di nôvo si candidatá
Pôiz éça turma di eleitô
Nêçe ladrão tórna a votá!!!
Zezito (apêndice do Pedrinho Goltara)
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E medo não tenho não
Fica difícil escolher um
Quando chega as "eleição".
Eu tento mas não consigo
Votei até num "maneta"
Com uma mão, roubou demais
Aprontou mais que o capeta!
Agora o meu voto vou dar
Pra quem for "bem deficiente"
Não vê, não sabe e nem ouve
Mas faz o brasileiro "contente"!!!
Dr. Pedroca, (outro apêndice do Pedrinho Goltara)
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no tempo da eleição:
gente velha, gente moça...
é uma grande confusão.
Eu votei a vida inteira,
talvez por obrigação.
Não vou mais fazer besteira:
agora eu digo NÃO!
HLuna
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E nos livre dessa gente,
Acontece tanta coisa absurda.
Deus que ilumine nossa mente.
Promessas que causam ojeriza
Doce na boca, na mente ilusão
Certamente jamais se concretiza
Depois de vencida a tal eleição.
Rosemeri Tunala
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o meu título vou rasgar
não quero mais desengano
nunca mais vou votar.
Pois de que adianta
os mesmos sempre escolher?
você só colhe o que planta
quero o meu título perder.
Gilbamar de Oliveira