A FLOR DO MARACUJÁ II
Participe
A ciranda está animada
venham todos cirandá,
nesta festa adocicada
da Flor do Maracujá!
Claraluna
Canto do Cisne entra na ciranda:
Do maracujá, a linda flor
A varanda veio enfeitar
Inspirada, pela ciranda do amor...
Também quis poetizar.
Claraluna festeja a chegada da linda ave poetisa:
Ave dos sonhos, bom dia!
Que bom que você chegou,
Trazendo sua alegria
E a todos nós conquistou.
Milla Pereira, mana querida, na ciranda é só cantiga:
Minha Flor de cerejeira
Ó, meu pé de manacá
Nessa amiga, deu bobeira
E fiquei sem Cirandá!
O amor e a paixão
Deixa a gente meio tonta
Vim aqui, versejei não
Sabe que nem me dei conta?
De se tratar da Ciranda
Da Flor de maracujá
Mas voltei, virei de banda
E meus versos vou deixar.
Me perdoe a insanidade
De um coração que ama
E sente muita saudade
De um amor que não se engana.
Claraluna entra na roda de mãos dadas com sua mana:
Sem cirandar tu não ficas
Teu lugar eu reservei
Me destes todas as dicas,
Por paixão também “pirei”.
Da torta, guardei-te o cheiro,
Pois nada dela sobrou,
Do maracujá brejeiro
Que a doce Ângela ofertou.
Tua paixão é bonita
Nunca foi insanidade,
É que tu vives aflita
Padecendo de saudade.
Amizade tão querida
É a melhor coisa que há,
Que acalma a nossa vida
Igual ao maracujá.
Antoni Bigcuore, um italo-brasileiro na ciranda:
GOSTO TANTO DE MARACUJÁ
QUE NEM SEI O QUE FALAR
O SABOR ASPERO, O CHEIRO PERFUMADO,
ME DEIXA SEMPRE ENCANTADO!
Claraluna rimane felice:
Tua presença, amigo,
Nesta ciranda animada,
Comprova que és querido
Com tua presença encantada.
Irlene Chagas, a poetisa morena e seu cantar mineiro:
De flor de maracujá eu era assim chamada...
Quando vi o amor dele percebi, era uma cilada!
Mas tarde fiquei sabendo que era a flor do amor...
Não discordo e até acredito
Pois causou-me tamanha dor...
E até hoje amargo este dissabor
Em acreditar em um homem, que era apenas um Ator!!!
Claraluna consola os dissabores da amiga:
Poetisa não te apoquentes,
Com os enganos de amor,
Suas dores são sementes,
De onde nasce linda flor.
Edson Gonçalves Ferreira veio animar a ciranda:
Quando vou apanhá-los, surpreendo
Que aroma, que sabor, uma beleza
Amigas lindas tomando o suco
A pele linda e clara, acalmada
Divino milagre da Natureza
Quero-as todas, belas assim
Calminhas para receber meus beijos
Viva a flor e o suco de maracujá
A vida é para ser vivida
Momento por momento, com calma e beleza
O suco nas bocas rubros
Nessas taças, eu, poeta, bebo.
Claraluna baila ao som dos versos e diz:
Meu poeta tão querido,
Homem de Deus do Recanto,
O teu canto é recebido
Com carinho e com encanto.
Fica só mais um pouquinho
Nesta dança preciosa,
Pra receber meu carinho
E um lindo bouquê de rosas.
Leva contigo o sabor
Do maracujá docinho,
Pra não esqueceres o amor
Que te damos, meu benzinho.
Mira Ira, tão querida, veio cantar ser versos:
vou chupar maracujá,
alcançar serenidade,
melhorar meu versejar.
Mas se quiser uma ajuda
nessa indisposição,
eu coloco uma pinguinha,
pra ajudar concentração;
maracujá na batida
só faz bem pro coração.
Claraluna respode toda feliz:
Moça bonita e cheirosa
Que acaba de entrar,
Tua cantiga primorosa
A turma vai animar.
Ainda bem que trouxestes
A tal da caipirinha,
De maracujá fizestes,
Pra turma ficar "bebinha"...
Obrigada da cantiga
que acabas de cantar,
Tu andas muito sumida,
Viestes nos alegrar.
Silvia Regina Costa Lima é benvinda e canta:
sempre dizia meu menino:
-Minha linda vem, vem cá,
ai doce flor-de-maracujá!!
Claraluna agadece e faz o contracanto:
Cirandar é muito bom
A Silvia na roda entrou,
Cantou sem sair do tom
E a todo mundo agradou.
O cumpadi Airam Ribeiro carçô as butinas e entrô na roda:
Quando óio esta linda fulô
A infeitá o pé de maracujá
Eu alembro daquele amô
Qui num sei por onde tá.
Vei as abêias, os mangangás
Tomém veio os beijas-fulô
Todos, aquela fulô veio xerá
Mais só num veio o meu amô.
Pur isso quando tô a oiá
Aquela fulô linda e culorida
Eu alembro qui fico inté a pensá
Naquele amô da minha vida.
Qui foi como a primavera
Qui dexô um fruto no muxá da fulô
Aqui fabrico na minha quimera
Outra estação para trazê meu amô.
Claraluna ajeita a saia de chita e arresponde:
Se essa flô te dá sodade
Do amô que foi-se imbora
Percure outra amizade,
Purquê já istá na hora.
Ocê tem a sua anja
Que até uma torta feiz,
Dela num sobrô nem canja,
Todos nóis virô fregueiz.
Quano ocê oiá lá fora
Pra flô do maracujá,
Telefone sem demora
Pra tua musa ispeciá...
Ela é musa de verdade,
É fruta da istação,
Que te tem muita amizade
E te deu o coração...