A felicidade depois da morte
Fazendo uma faxina nas gavetas do ármario, encontrei esse texto que escrevi em 1995. Impressionante.
Leiam comigo e viaje numa fantasia.
A felicidade depois da morte
Talvez o poeta sonhasse quando dizia que tudo em sua volta era belo...
Ou então amava, quando via florescer a mais bela rosa do jardim.
Tudo para ele naquele dia era belo.
Até a tempestade devastadora que assolava a tarde daquele dia, ele achava bonita, pois segundo ele, trazia vida às plantas que chamavam água.
Não pude compreender seu sorriso em meio às lagrimas quando abraçou-me e disse que tudo havia se transformado em realidade.
Perguntei o que estava acontecendo pois, ao mesmo tempo que sorria, chorava. Havia alegria em seu olhar, porém tristeza em seu coração.
E respondendo ele disse:
_ Meu jovem. O sorriso é para esconder a tristeza que minha alma enfrenta. A pessoa que mais amo acaba de partir para um lugar distante de mim, onde eu nunca mais poderei vê-la com esses olhos.
Confuso com a resposta e pela expressão facial do poeta perguntei-lhe:
_ Senhor! Como pode ainda sorrir com tal acontecimento?
Secando as lágrimas com um lenço, respondeu.
_ Minha amada foi para o céu onde dentro de poucas horas irei encontrá-la.
Dito isso ele caiu ao solo e morreu.
1995.