uma nova chance de vida.

Monique estava tão deprimida aquele dia.

Era um dia comum, como tantos outros em sua vida, aparentemente um dia normal para pessoas normais – o que Monique não se considerava naquele dia – a única diferença era o frio que fazia lá fora. Nevava muito aquele dia, talvez fosse o tempo que a deixasse ainda mais desanimada e triste.

Na vida de Monique era um dia de muito sofrimento e arrependimento. Se sentia muito só, e realmente estava muito só. Seu relacionamento com seu esposo não era o que se podia dizer de esta acompanhada. Ela se sentia muito carente.

Talvez estivesse errada por se sentir tão só, ou por tanto arrependimento, afinal ela tinha três lindos meninos, saudáveis e espertos. Mesmo sem entender porque, Monique se sentia muito arrependida.

Na noite anterior, Monique tinha outra vez sido humilhada, desprezada por seu esposo, se é que o podia chamar assim. Seu casamento só existia mesmo no papel. Ela se casou, aliais, sem amor, e sofria por viver com ele só pelos filhos e religião, que pregava contra separação.

Ele tinha passado dos limites. Tinha chamado-a de todos os nomes possíveis. O que mais a magoou foi o fato da comparação que ele fez. Ele disse a ela que qualquer uma na rua era melhor que ela. Disse que ao menos as mulheres que saiam com ele por dinheiro o satisfazia, e ela não. Tinha empurrado-a da cama. E tinha feitos tantas ofensas durante os nove anos de casados que ela nem se lembrava mais.

Ela se sentia revoltada por ter se guardado para um homem, durante toda sua vida, e agora ser tão humilhada por ele. Como ele podia compará-la a qualquer uma?Como podia dizer tudo aquilo a ela? Ela que mesmo tento recebido inúmeras cantadas, nunca o tinha traído?

O coração de Monique gritava a Deus. Pedia uma chance de voltar no tempo e mudar sua historia.

-Se eu pudesse voltar no tempo... Nunca me casaria com ele. Nunca mesmo.

E chorou seu pranto doido, sofrido, ajoelhada diante do fogão, onde preparava a comida dos filhos, que ainda dormiam.

Ela pediu com tanta fé. Com a mais pura fé. Que nem viu que a sua volta uma luz forte se ascendeu. Não viu o homem lindo que a observava. Um anjo enviado de Deus. Só percebeu que tinha alguém, quando ele se abaixou e ergue seu rosto do chão. Ele ficou assustada. Espantada diante daquela luz e da beleza do anjo.

- Quem é você? Como entrou aqui? – Perguntou espantada.

- Filha Deus ouviu as tuas preces e me mandou. Vim te mostrar como seria sua vida se tivesse tomado outras escolhas e mesmo assim se quiseres, Ele te atenderá e fará com que volte e mude tudo.

- E como me mostrará isso? – Quis saber ansiosa.

Ele segurou suas mãos e voltara no tempo. Monique se viu com dezessete anos, sentada no banco da pracinha, seu esposo - na época com vinte anos – se aproximou. Trazia um anel na mão, a pediu em casamento e ela disse não.

O anjo a levou a outro lugar. Um bar.

- Veja: Ali é seu esposo. Após você dizer não ele veio aqui e bebeu a noite toda. Agora vamos lá fora. Ele está indo embora.

E num piscar de olhos, se viram do lado de fora do bar. Seu esposo saio caindo de bêbado, atravessou a rua e nessa hora um carro veio e o atropelou.

- Vamos encostar. Quero que veja de perto. – O anjo falou para Monique.

Eles se aproximaram, ele tinha os olhos fixo no além. O anjo mostrou o pescoço dele a ela. Monique olhou e viu que a roda do carro tinha passado por cima do pescoço dele. Estava morto seu único amor.

- Agora vamos vê sua vida. Como não se casou com ele seus filhos não existem. Está preparada para vê?

Ela amava os filhos mais que tudo na vida. Não podia agüentar saber que por sua culpa eles não existiam. Mesmo assim quis seguir adiante. Podia ter outros filhos. Depois não conheceria os seus filhos, sendo assim, não sentiria sua falta.

- Vamos em frente.

- e ela se viu um anos mais velha. Sentada sozinha numa calçada. Estava escuro e chovia. Estava toda molhada. Observou seu corpo e viu que estava grávida.

- O que faço ali sozinha?

- Você não quis se casar com ele. Seu esposo morreu. Você arrumou outro namorado. Ele te enganou. Te engravidou, falou que ia embora com você e te deixou para trás. Quando sua barriga cresceu, seus pais descobriram e te expulsaram de casa.

- quero vê porque me expulsaram.

- Claro!

Outro piscar de olhos e se viram na sala da sua mãe. Ela chorava muito. Sua mãe abraçada a ela chorava também. Seu pai parecia transtornado.

- é por sua causa que um homem bom está morto. Alguém que queria ser seu esposo. E para que pergunto? Respondo eu mesmo: Para engravidar do primeiro canalha que te apareceu. Vá embora para onde é seu lugar. Vá para rua. Tem uma casa de mulheres da sua laia na rua 10 vá para lá. Suma daqui.

Ela e sua mãe chorando se abraçaram. Monique se viu pegando a mala e indo embora. Viu a porta bater e sua mãe caindo morta no chão.

- Enfartou. – Disse o anjo. Você está chorando na porta daquele lugar e ainda nem sabe disso. Seu pai não a deixará is ao enterro dela. Você vivera com a culpa da morte do seu esposo e da sua mãe. Quer ir adiante? – Ele sorrio, pois conhecia a resposta dela.

- Sim. Deve ter algo bom. – Monique não desistia de crê num futuro melhor.

Ele a levou a dois anos no futuro. Monique se viu com uma seringa na mão. Olhou para a cama ao lado e se aproximou. Ficou de boca aberta.

- Você veio para cá aquela noite. Estava com três meses de grávida. Bebeu muito, porque os clientes exigiam que você bebesse com eles. Se drogou para agüentar as humilhações que sofreu e por isso seu filho nasceu assim. Ele não tem uma parte do celebro. Não enxerga e não ouve. Não andará nunca e morrera antes de completar cinco anos.

Vendo as lágrimas dela se apressou em dizer:

- Sinto muito. Ele às vezes faz coisa que não entendemos. Mas, é para que coisas piores não aconteçam conosco. Às vezes queremos mudar nosso destino sem saber que Deus nos livrou de destino pior. Ele sabe tudo o que é bom para nós. Deus só nos dá o que é melhor, mesmo que pareça pior aos nossos olhos. Quer ver mais?

- Sim! Não posso acreditar que não há um futuro melhor para mim! – Monique falou em prantos.

Ela permaneceu chorando com a cabeça entre as mãos, nem viu que estava em outro lugar.

- Abra os olhos. – Falou o anjo.

Ela obedeceu. Agora estava diante dela mesmo caída, fedendo no chão sujo do prostíbulo em que vivia. Parecia morta há dias.

- você morreu ontem de overdose. Como não teve clientes para você, ninguém viu-a. Só verão hoje a tarde na hora em que vierem limpar seu quarto. Seu filho ainda vive. Chora desde ontem com fome. Você sabe. Aqui ninguém vira vê-lo. Todos usam drogas e dorme pesado durante o dia.

- Não diga mais nada. – Pediu Monique. – Vamos embora daqui.

Ela se ajoelhou e orou a deus.

- Me perdoe Senhor. Me perdoe por querer saber mais que o Senhor. Eu aceito minha vida. Seja como for, desde que seja a tua vontade.

- Vamos. – Chamou o anjo. – Ele diz que vai te da uma chance. Pela sua fé pura dessa vez você será atendida. Você só não foi antes porque seu coração duvidou. Mais hoje haverá um milagre. Porque você creu. Creu de todo coração. Hoje sua vida mudará.

E estava de volta a Cozinha dela. Ali percebeu que o tempo não passou. Tudo estava igual.

- Tenho que ir, mas você verá que tudo vai mudar.

Dizendo isso ele sumiu, sem deixar nada em seu lugar. O telefone dela tocou e sem pensar correu para atender. Era do hospital. Dizia que seu esposo estava um pouco doente e pedia que ela comparecesse lá urgente.

Monique ligou para sua mãe. – Sim! Nessa vida ela estava bem viva e muito bem. – Pediu que ela viesse cuidar das crianças. Contou-lhe que o esposo estava no hospital. Meia hora depois sua mãe chegou e ela saiu.

Chegando lá seu esposo tinha sofrido um enfarto. Permaneceu em coma por três dias. Quando se recuperou disse que teve um sonho. Nesse sonho se viu sem ela. E que percebeu que a amava mais que tudo. Pediu-lhe perdão por tudo e os dois puderam finalmente ser felizes juntos.

Ela entendeu finalmente, que não precisa mudar o destino. Só fazer desse o melhor.e se existe amor fica mais fácil, não importa as provações que passemos. Temos q eu ter amor e fé.

karla geane
Enviado por karla geane em 11/01/2009
Reeditado em 12/01/2009
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