Dia Comum

Era notável a lagrima escorrendo pelo seu rosto. Seu sorriso antes contagiante agora já nem existia mais. Seus olhos cor de mel não irradiavam a mesma luz de outrora. Estava dormindo um sono incomum. O sono dos que estão vivos e não crêem. O sono dos que estão acordados e não sabem. Dos que sentem, dos que mentem. Não se sentia parte do mundo. Em sua mente conturbada e esquecida, surgem lembranças de uma infância tão distante quanto à própria vida. Quando desacordada, via-se num jardim igual ao da sua infância, com sol irradiante e crianças brincando na grama verde. Ela também é criança e vê balões coloridos voando num céu azul/lilás. Do nada brota um sorriso bobo em seu rosto de criança. Um sorriso gratuito e inocente numa manhã de verão. Felicidade? Não... Só mania de criança mesmo.

Hudson Eygo
Enviado por Hudson Eygo em 03/06/2009
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