UMA DÁDIVA DE AMOR!...

Verónica, moça bonita e inteligente, fora um dia passear pelo hardim da sua cidade.

Sentia-se deprimida e triste, pois acabar de completar vinte e três anos e ainda não tinha conseguido encontrar alguém para amar.

Levando consigo um pequeno leitor de cd`s, colocou os auscultadores nos ouvidos e sentou-se tranquilamente mum banco a observar os patinhos que baloiçavam nas águas calmas de um pequeno lago ali existente.

Lá ia escutando aquela música, e estando tão distraída, nem deu pela chegada de alguém que lhe colocara a mão sobre o ombro e a fizera estremecer.

Num súbito impacto, Verónica deu um salto e o seu coração parecia sai-lhe do peito.

_Não se assuste!_Indiciou uma voz meiga._Apenas quero falar um pouco consigo.

A rapariga toda ela estremecia, mas com hesitação lá foi questionando:

_Quem é você?O que pretende de mim?

_Nada que a possa ofender. Procuro simplesmente um ombro amigo para lhe poder contar um pouco da minha vida e fazer amizades._Respondeu o jovem.

Ve´rónica, agora mais calma, pediu ao rapaz para que se sentasse junto dela.

Com o passar das horas, os dois foram conversando de coisas do passado e do presente.

De repente Verónica recorda-se de algo.

_Há um pormenor que você ainda não me disse._Retorquiu a moça.

E o rapaz, corado na face, perguntou:

_O que se trata? Ah! E queria pedir-lhe um favor. Trate-me por tu e eu farei o mesmo se não se importar, pois nossas idades devem andar muito próximas.

_Quero saber o seu nome._ E podes tratar-me por tu!

_Chamo-me Humberto.Qual a tua graça?

A jovem disse então o seu nome e o rapaz teceu-lhe mil elogios, dizendo-lhe que tinha uns olhos azuis como a água do mar onde ele costumava mergulhar e que os seus cabelos eram tão louros como a luz solar que ilumina os dias.

_Por favor,pára com isso!Estás-me a deixar envergonhada. Nunca ninguém me dissera palavras tão bonitas._Atestou Verónica.

A tarde já ia alta e decidiram terminar ali a conversa, mas no entanto perguntaram se voltariam a encontrar-se outro dia.

Verónica considerou que o melhor era não se voltarem a ver, o que deixara o jovem Humberto muito triste. Despediram-se e cada um seguiu o seu rumo.

Já em sua casa, Verónica depois de jantar, sentou-se no sofá e começou aler um livro.

Mas, a cada página que folheava, o seu pensamento só lhe trazia à memória as palavras doces que HUmberto lhe dissera.

_Tenho de voltar a Vê-lo, apedar de lhe ter dito que o melhor era ficarmos por ali._Dizia Verónica para os seus botões.

Foi então para a cama, e no dia seguinte, assim que se levantou, depois de tomar o pequeno almoço, foi ter com a sua confidente e amiga Clarisse.

Desabafou seus desejos e contou-lhe o que se tivera passado.

Esta sua amiga, logo lhe sugeriu para que voltassse à tardinha ao mesmo local.

Verónica assim fez.

Vestiu-se a rigoe e pôs-se a caminho.

E lá estava, como que à sua espera, o jovem rapaz, lacrimejando aos soluços.

Os dois se olharam e nessa troca de olhares , Verónica foi com os seus lábios ao encontro do rosto de Humberto. Os dois beijaram-se como que sedentos de água pura, como aquela que corria num riacho à beira do jardim.

_Queres namorar comigo?_Perguntou o rapaz enaltecendo um sorriso.

_Serás capaz de me fazer feliz?_Indagou Verónica.

Ao que Humberto respondeu:

_Muito mais do que tu possas imaginar. A minha vida tem sido um martírio, sem ninguém a quem dar amor.

Este parecia ser o rapaz indicado para Verónica. Também ela se sentia sozinha, pois seu pai falecera, ainda ela era criança e sua mãe estava hospitalizada e também à beira da morte.

Pareciam vibrar com toda a emoção que os possuíra.

Verónica regressou a casa e mais uma vez contou o sucedido à sua amiga Clarisse.

_Que bom ver-te feliz._Disse esta a Verónica. _ Se tua mãe soubesse, de certeza ficaria muito orgulhosa de ti, e principalmente radiante por teres encontrado o amor da tua vida. Esse homem preencherá decerto o vazio do teu coração.

O tempo ia passando, porque o tempo corre veloz.

Com o avanço da medicina, graças a Deus, a mãe de Verónica conseguiu recuperar da doença que a atormentava.

Tal como a sua filha, tam´bém ela, encontrara alguém para lhe fazer companhia.

Todo o carinho que o esposo lhe dava, ajudava-a a esquecer os maus momentos, antes passados.

A filha, Verónica casou finalmente com Humberto e este, deu-lhe a felicidade de concever duas crianças maravilhosas.

Os pais seguiam a cada segundo que passava o seu desenvolvimento.

Num instante dois anos se passaram.

As crianças brincavam com ar de inocentes naquele baloiço, debaixo do grande cedro, que existia no hardim daquela vivenda.

Corriam alegremente pela relva, que pisavam, mesmo molhada.

Mas nunca, mesmo nunca, Verónica e Humberto, ralhavam com os míudos, pois olhavam para eles e viam-nos tão felizes, que simultaneamnete até eles, voltavam a ser crianças por breves instantes.

Os dias e as noites de Verónica eram acolhedores. O sorriso desses petizes enchia-lhes o lar de esperança , e Humberto todos os dias, ao regressar a casa, depois d euma jornada de trabalho, leva a Verónica um ramo de rosas vermelhas, símbolo da paixão ardente que unia esses dois corações.

Uma tarde, ao tornar oa conforto do seu lar, tinha preparada uma surpresa para a sua esposa.

Beijou-a como fazia sempre, assim que chegava e pediu-lhe:

_Amor sente-se um pouquinho aqui comigo.

Ela disse-lhe:

_Querido, sabes bem que tenho o jantar para fazer.

Humberto agarrou-a na mão e puxando-a para junto d esi, apenas lhe sussurrou ao ouvido:

_Sabes, hoje não precisas fazer jantar.Não te lembra sque dia é hoje?

Verónica ficou atónita, mas levantou-se e lembrou-se que havia marcado num agora, já velhinho calendário, a data do dia em que se conheceram.

Voltou para junto de Humberto, deu-lhe um suave beijo nos lábios.

Ele levou as mãos ao bolso do casaco, e tirou um pequeno embrulho, que entregou a Verónica.

_O que é?_Perguntou ela.

Ao que o jovem apenas pediu para que ela abrisse.

Uma enorme gargantilha de ouro, lindíssima, que Ve´ronica nem conseguiu conter as lágrimas de tanta emoção.

Chamou os meninos para junto deles, e abraçou-os tºão fortemente a Humberto, e como que se tivesse um nó na garganta, desabafou:

_Meu Deus,parece um sonho!Um verdadeiro milagre divino, que feliz estou!

Como a vida leva tantas voltas.

Por esta história, pode-se de facto dizer, que nunca se deve perder a esperança, poque quando menos se espera, há-de sempre surgir uma dádiva de Amor...

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 15/09/2009
Código do texto: T1812058
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